O motorista Diones Coelho teve menos de 1 segundo para reagir após o ator Kayky Britto atravessar na frente do veículo, concluiu o inquérito da 16° DP (Barra). O caso aconteceu no dia 2 de setembro, na orla da Praia da Barra.
De acordo com o delegado Ângelo Lages, titular na distrital, a polícia está pedindo o arquivamento do processo, já que foi provado que o motorista não teve culpa.
"A gente precisou pegar imagens do acidente, de dentro do veículo, e a partir dessas imagens, foi possível realizar uma perícia de áudio e de vídeo, onde foi determinada a velocidade que o veículo estava, o laudo apontou que o estava dentro da velocidade da via e que o pedestres atravessou muito em cima. O motorista teve apenas 0,73 segundos para reagir", conclui.
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O ator estava há menos de dez metros do veículo quando atravessou a pista, Diones trafegava pela via em uma velocidade de 48 km/h, bem abaixo da máxima permitida, que é de 70 km.
"A peça crucial da investigação era a determinação da velocidade do motorista, a gente precisava entender se de alguma forma ele havia concorrido para esse acidente. A gente já sabia que ele havia socorrido, acionou os bombeiros, esperou a Polícia Militar, veio a delegacia, Zé submeteu a um teste de alcoolemia, não havia ingerido bebida alcoólica. Mas a gente precisava determinar a velocidade", explica.
Segundo o delegado, as imagens de dentro do carro, gravadas pelo motorista, serviram para comprovar ainda que ele seguia as normas de trânsito, utilizando o cinto, com as duas mãos no volante e olhos atentos na pista. Segundo a Polícia Civil, o motorista está excluído de qualquer responsabilidade do caso.
Bruno de Lucca
Lages disse ainda que não há a possibilidade do apresentador Bruno de Lucca ser indiciado pela omissão de socorro, uma vez que isso era responsabilidade do motorista envolvido no acidente.
"Em relação a omissão de socorro, é dever do motorista que se envolve no acidente pedir socorro. E o Diones solicitou. Então, a partir do momento que ele solicitou ajuda, todas as outras pessoas que estavam naquele cenário não são obrigadas a solicitarem socorro", destacou.
O delegado também destacou que o famoso não será enquadrado em nenhuma outra tipificação penal: "A gente analisando o depoimento dele, a gente percebe que o fato dele saber ou não que era o Kayky, para a investigação é irrelevante. Ele disse que viu o atropelamento, muito embora ele diga que não sabia que era o amigo, esse fato para gente não é juridicamente relevante. Como de fato a vítima foi socorrida, não há qualquer tipificação penal".
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