Desolador
Avô de menina morta era impedido de vê-la pelo acusado do crime
Maria Eduarda, a madrasta e o irmão foram mortos no Recreio
O aposentado Eduardo Affonso, de 80 anos e o avô materno de Maria Eduarda Fernandes, de 12 anos, disse, em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, que era proibido de ver a neta pelo acusado do crime, o motorista de aplicativo Alexander dos Santos. Eduardo Affonso disse ainda que só conseguia estar perto da menina quando conseguia o direito de visita na Justiça.
Maria Eduarda foi morta, na última sexta-feira (17), junto com a madrasta e o irmão, um bebê de 11 meses, num condomínio, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O acusado do triplo homicídio é marido e pai das vítimas.
Segundo Eduardo, os desentendimentos com Alexander eram frequentes. Ele afirmou que o pai da menina não arcava com as despesas de Maria Eduarda, e ele tentou a guarda da neta na Justiça, já que foi proibido por Alexander de ver a menina. Os pedidos, no entanto, foram negados. Alexander tinha a guarda total de Maria Eduarda desde a morte da mãe da menina, que faleceu de câncer.
Eduardo contou ainda conseguiu, em fevereiro de 2020, um acordo de visitação na 2ª Vara de Família do Fórum Regional da Barra da Tijuca, mas a decisão não foi cumprida por Alexander. De acordo com a decisão, o avô da criança teria direito de ficar com Maria Eduarda, “no mínimo, aos sábados e domingos, entre 9h/9h30 até as 19h/19h30 do mesmo dia”.
O idoso diz ainda que, a última vez que viu a neta viva foi nos dias 11 e 12 deste mês. Ele disse ainda que quando conseguia acesso à neta, ela ficava triste de ter que voltar para o pai. Ainda segundo o relato, a menina nunca disse ao avô ter sofrido qualquer tipo de ato violento por parte do pai.
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