Surreal
Bandidos prendiam cartões nos caixas eletrônicos pra aplicar golpes
Na casa de um acusado, foram apreendidos R$ 120 mil em espécie

A Polícia Federal deu início à operação “Liberum Arca”, na manhã desta quarta-feira (11), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em aplicar golpes e furtos contra clientes da Caixa Econômica Federal. A ação ocorre em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da 154ª DP (Cordeiro).
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados nas cidades de Macaé, Rio das Ostras, Duque de Caxias, Rio de Janeiro (capital) e em São Paulo (SP). Na casa de um deles foram apreendidos R$ 120 mil em espécie.
Fraude com armadilha em caixas eletrônicos e centrais falsas
De acordo com o delegado da Polícia Federal Giuliano Cucco, responsável pelas investigações, os criminosos utilizavam um método engenhoso e altamente lesivo: dispositivos físicos eram instalados nos caixas eletrônicos para prender os cartões dos clientes.
Sem conseguir recuperar seus cartões, os clientes eram induzidos a ligar para uma falsa central de atendimento, que na verdade era controlada pelos próprios criminosos. Ao telefone, as vítimas forneciam senhas e dados bancários, acreditando estarem em contato com a instituição financeira.
Com essas informações em mãos, os golpistas retornavam aos caixas, removiam os cartões e realizavam transações financeiras indevidas, causando prejuízos às vítimas.

Investigações começaram em fevereiro de 2024

As investigações tiveram início em fevereiro de 2024, quando três suspeitos foram presos em flagrante por policiais civis em Cordeiro (RJ), enquanto realizavam fraudes contra correntistas da Caixa. Após o envio do caso à Polícia Federal, a delegacia da PF em Macaé aprofundou as apurações e descobriu conexões com outras investigações em andamento, que apontavam para a atuação coordenada de uma quadrilha.
Segundo os investigadores, o grupo utilizava métodos sofisticados de engenharia social e fraude eletrônica para acessar dados bancários das vítimas e realizar transferências ou saques indevidos.
A partir do cruzamento de informações, a PF conseguiu identificar novos integrantes da organização criminosa, que agora são alvos dos mandados expedidos pela Justiça.
Perícia técnica analisará material apreendido
Durante a operação desta quarta, foram apreendidos diversos materiais que agora serão encaminhados à perícia técnica, com o objetivo de aprofundar as investigações e identificar possíveis outros membros da quadrilha, bem como mapear a extensão dos prejuízos causados às vítimas.
A Polícia Federal segue investigando o caso e não descarta novas prisões ou medidas judiciais nos próximos dias.



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