Notícia-crime

Blogueira que dá calote e filma invasão na mira da Supervia

Lian Mersi reclama do preço da passagem e vem ganhando fama

A Supervia pontua que a entrada no sistema ferroviário sem pagamento da passagem é crime
A Supervia pontua que a entrada no sistema ferroviário sem pagamento da passagem é crime |  Foto: Reprodução
 

A blogueira Lian Mersi é alvo de uma notícia-crime protocolada pela Supervia, nesta segunda-feira (3), após postar vídeos burlando as estações de trem para não pagar passagem.

A concessionária que opera os trens levou o caso para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil, que investiga o caso. 

Nos vídeos que motivaram a notícia-crime, Lian se filma pulando muros da Supervia e subindo nas plataformas de embarque pela linha férrea. A alegação dela é alto valor da passagem, de R$ 7,40.

"Ih, R$ 7 reais?! Pago nada! Quero ver quem vai me botar pra fora! Se por R$ 0,20 centavos a gente já quebrou tudo, agora R$ 7 eu vou tá barbarizando", dispara ela - que vem ganhando fama na internet após as publicações.

  

Em sua defesa, Lian Mersi alega que as gravações não têm como objetivo influenciar ninguém a pular o muro da estação.

Ela diz que os vídeos postados nas redes sociais são "uma forma de protesto" contra o precário serviço prestado pela concessionária.

A Supervia pontua que a entrada no sistema ferroviário sem pagamento da passagem é crime. Para além do prejuízo financeiro e dos impactos na circulação de trens, a concessionária alerta para os riscos causados pelo trânsito indevido na via.

"A linha férrea é área exclusiva para a circulação dos trens, e o trânsito irregular de pessoas por meio de passagens clandestinas é um risco para a vida de pedestres e de todos que utilizam esse meio de transporte", ressalta em nota.

A SuperVia disse que atua no combate a essa prática e realiza, rotineiramente, campanhas de conscientização sobre esse risco por meio dos canais de comunicação oficiais. 

"Paralelamente, a empresa monitora a abertura irregular de buracos ao longo da via. Por mês, a SuperVia fecha até dez buracos, mas eles são reabertos em pouco tempo, principalmente em áreas conflagradas".

Sobre o valor da tarifa, também retratada nos vídeos, a Supervia diz que o contrato de concessão prevê o reajuste anual com base no IGP-M acumulado, e foi homologado pela Agetransp. 

"A passageira pode verificar se atende aos pré-requisitos para habilitar o Bilhete Único Intermunicipal e ter acesso à tarifa social. Desta forma, o valor da passagem cai dos atuais R$ 7,40 para R$ 5."

A SuperVia reforça que a incitação e a apologia à prática de crime também são condutas reprimidas pela legislação penal brasileira.

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