Audiência

Bruno Krupp admite que estava a mais de 100km/h em acidente

Bruno está em prisão preventiva desde agosto

Caso aconteceu na Avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca
Caso aconteceu na Avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca |  Foto: Reprodução
  

O modelo Bruno Krupp confessou na primeira audiência, realizada nesta quinta-feira (11), que estava a mais de 100 km/h quando atropelou e matou João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, em julho, na Barra da Tijuca. A velocidade máxima permitida na via é de 60 km/h. Bruno está em prisão preventiva desde agosto. 

Em seu depoimento às perguntas elaboradas por seus advogados, Bruno admitiu que pilotava a moto a mais de 100 km/h, acima dos 60 km/h exigidos no local, mas que respeitava a sinalização.

Ele afirmou que, ao avistar os pedestres à frente, calculou que haveria tempo e espaço para passar sem atingi-los, tentando jogar a moto para a direita, mas que bateu em João assim que ele se movimentou para tentar evitar o impacto. 

Ele recapitulou os momentos seguintes do acidente e do socorro. Bruno contou que só soube do falecimento de João dias depois, no hospital, quando um amigo contou a ele. No fim de seu depoimento, ele pediu desculpas à mãe e à família de João Gabriel. 

Marina Lima, mãe do adolescente, falou emocionada, ela e o filho saíam de uma festa quando ela sugeriu que eles fossem dar um passeio na praia. Ao atravessar, notou que os carros estavam parados à distância e que então viu um vulto passar e arrastar seu filho.

Ela, então, foi até a ele para acudi-lo e começou a gritar por socorro. Marina afirmou que João estava lúcido, que chegou a conversar e rezar com ele, que reclamava de dores na perna, mas que ainda não havia notado que sua perna tinha sido amputada imediatamente com a força do impacto. 

As outras três testemunhas de acusação foram um motorista, que viu a moto passar em alta velocidade no sinal em que estava parando e presenciou o acidente; o garçom de um quiosque próximo ao local que contou ter fornecido uma caixa com gelo para colocar a perna de João, e o policial que atendeu ao chamado da operação, que recordou que a moto de Bruno estava sem placa e ele não tinha habilitação. 

Pela defesa testemunharam, dois amigos de Bruno e um amigo de seu pai, que contaram que ele costumava frequentar moto-clubes desde pequeno e tinha experiência pilotando motos, paixão que tinha desde a infância. Ricardo Molina, assistente técnico contratado pela defesa, também deu depoimento e fez uma análise das causas do atropelamento. 

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