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    Crime

    Busto de Maria Conga é vandalizado com símbolo nazista em Magé

    Monumento foi instalado no Píer da Piedade, em 2021

    Publicado 07/02/2023 às 10:23 | Autor: Enfoco
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    O busto é uma obra da artista mageense Cristina Febrone e exalta a história da líder guerreira
    O busto é uma obra da artista mageense Cristina Febrone e exalta a história da líder guerreira |  Foto: Reprodução

    Vândalos arranharam e fizeram um símbolo nazista no busto de Maria Conga, instalado no Píer da Piedade, um dos pontos turísticos mais frequentados de Magé, na Região Metropolitana do Rio. O caso ocorreu no último fim de semana.

    A placa que conta de forma resumida a história da líder guerreira será realocada. A Secretaria de Governo da cidade registrou o caso na 65ª DP (Magé), nesta segunda-feira (6). Os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados.

    "A Prefeitura de Magé repudia com veemência e não compactua com nenhum tipo de ato de vandalismo, agravado ainda por menções criminosas de cunho nazista", disse em nota.

    O governo municipal ressalta que se orgulha de ter instalado, em novembro de 2021, o busto da líder quilombola Maria Conga para perpetuar a importância significativa dessa personagem histórica.

    Por meio da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas de Igualdade Racial, a prefeitura afirma que vai restabelecer integralmente a obra e dar continuidade à instalação do sistema de monitoramento com câmeras.

    O busto é uma obra da artista mageense Cristina Febrone e exalta a história da líder guerreira. Maria Conga chegou ao Brasil escravizada e retirada de seu país de origem, o Congo. 

    Ela nasceu em 1792, filha de um rei africano, mas foi abarcada em um navio negreiro que a trouxe para a Bahia em 1804. 

    Aos 18 anos, Maria Conga foi vendida a um senhor de engenho de Magé e, aos 24 anos, foi comercializada novamente.

    Teve sua alforria decretada aos 35 anos, quando fundou o quilombo Maria Conga, reconhecido pela Fundação Palmares na cidade, para proteger, ajudar e cuidar dos negros que fugiam das senzalas da região.

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