Investigação

Cabo da PM preso era dono de empresa de internet clandestina, MP

Ele foi capturado na manhã desta sexta

Caso foi registrado na 27ª DP
Caso foi registrado na 27ª DP |  Foto: Lucas Alvarenga
 

O cabo da Polícia Militar que foi preso na manhã desta sexta-feira (23) em Cascadura, acusado de sequestrar dois criminosos na Região dos Lagos, é dono da empresa de GatoNet que tinha uma parceria com a facção Criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), de acordo com as investigações. 

"Apesar do nome que consta no contrato ser de outra pessoa, já sabemos que o policial era o dono da empresa de exploração de TV a cabo naquela região", disse Rafael do Pico, promotor do Ministério Público do Rio. 

Rafae
Rafae |  Foto: Lucas Alvarenga
 
Segundo o promotor, o laranja também foi preso durante a operação policial.
  

O crime aconteceu dia 19 de outubro de 2021, no bairro Alto da Rasa, em Cabo Frio. Armados, o cabo da PM Bruno Paulo Pereira do Carmo do Valle, juntamente com  comparsas Cristiano Ribeiro Xavier, conhecido como Baiano, e Thiago Rezende Pimentel Trindade, conhecido como Mexicano, foram flagrados, através de câmeras de segurança, sequestrando a dupla, que estava em uma lanchonete.

As duas vítimas foram colocadas no interior de um veículo. O grupo pediu o valor de R$ 20 mil para a libertação.

Os dois homens integrantes da facção foram obrigados a mandarem áudios pedindo ajuda ao chefe do tráfico Valdinei Quintanilha. Os áudios chegaram ao conhecimento das autoridades após repercursão nas redes sociais.

"Os traficantes sequestrados foram obrigados a gravar um áudio suplicando pelas suas vidas, e pedindo para que o chefe voltasse com um acordo com o grupo criminoso. O acordo seria um valor cobrado por Valdinei, que teve aumento. O que motivou o desentendimento. Tudo isso foi captado. Diante dessas informações nós identificamos os envolvidos, oferecemos denúncia e pedimos as prisões de todos os envolvidos", contou.

Durante a ação desta sexta, os policiais apreenderam cadernos com anotações, celulares e armas, sendo algumas delas com as numerações raspadas.

"Com a apreensão dos celulares, a nossa ideia é apurar ainda mais esse grupo criminoso e saber se há alguém acima deles atuando nessa organização", disse o promotor. Os presos foram levados para a 27ª DP (Vicente de Carvalho) por conta da prisão em flagrante.

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