Não fugiu!
Cadelinha é achada morta no quintal de adestrador
Polícia Civil encontra corpo de golden retriever enterrado

Após o desaparecimento de Mia, uma cadelinha da raça golden retriever, a Polícia Civil realizou buscas na manhã desta segunda-feira (24), na residência de um adestrador de Guaratiba, Zona Oeste do Rio.
Durante a operação, o corpo da cachorrinha foi encontrado enterrado no quintal da casa. Embora o adestrador tivesse afirmado que Mia havia fugido.
A cadelinha foi levada à casa de Dornelas no dia 9 de janeiro para um treinamento, inicialmente previsto para durar três dias, mas que foi estendido por mais tempo a pedido do próprio adestrador. No entanto, após o fim do serviço, a família de Mia foi informada de que o animal havia “fugido” no dia 13 de fevereiro.
Desconfiados da versão apresentada, os tutores da cadela iniciaram buscas pela vizinhança, solicitando imagens de câmeras de segurança, mas não encontraram qualquer evidência de que Mia tivesse fugido. A partir de então, uma campanha nas redes sociais ganhou força na tentativa de encontrar a cachorrinha.
No dia das buscas, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e da Delegacia de Guaratiba entraram na casa do adestrador, onde, além do corpo de Mia, encontraram outros três cachorros em condições precárias, com fezes e urina espalhadas pelo ambiente e sem ração ou água limpa. A perícia da Polícia Civil irá investigar se os animais eram vítimas de maus-tratos.
Voluntários do grupo Nas Garras da Lei, que auxilia animais em situações de maus-tratos, ajudaram a desenterrar o corpo de Mia. Após verificarem que a terra estava mexida no canto do quintal, eles cavaram cuidadosamente até encontrar o animal, identificando-o por meio do chip implantado na cadelinha.
“Verificamos o quintal e vimos que ali no canto a terra estava mexida. Então, já é sinal de que algo estava enterrado ali. Aí, com toda a técnica para não deteriorar mais o corpinho da Mia, cavamos, cavamos em volta, retiramos, e constatamos através de chip, que ela tinha chip, que era a Mia”, explicou Jack Calderini, agente do Nas Garras da Lei.
Mia, que foi criada com muito carinho por sua tutora, Francine Banchi, havia sido entregue ao adestrador com a promessa de um adestramento profissional.
“Uma dor que não dá para explicar, mas também a certeza de que ela morreu para salvar outros cachorros que estavam aqui em situação de maus-tratos e a gente não saber o que ia acontecer. Então, ela cumpriu a missão dela e a gente vai levar o nome dela para sempre”, disse Francine.
Até o fim da manhã, o adestrador não havia se apresentado à polícia.


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