Em cana
Caras de pau: bando usava uniforme falso da Ligth para furtar cabos
Seis suspeitos, entre eles um PM, foram presos
A Polícia Civil do Rio deu um duro golpe no crime organizado na noite desta terça-feira (7), ao prender em flagrante seis membros de uma quadrilha especializada no furto de cabos de energia subterrâneos pertencentes à concessionária Light. A operação ocorreu no Centro da cidade, após meses de investigações conduzidas pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).
A audácia do grupo era impressionante. Os criminosos, vestidos com uniformes falsificados da Light e utilizando veículos disfarçados com logomarcas da empresa, chegavam a apresentar ordens de serviço fraudulentas para dar uma aparência de legalidade às suas ações. A estratégia de se passar por funcionários da concessionária visava evitar suspeitas enquanto cometiam o crime.
Durante a operação, os policiais flagraram um dos criminosos emergindo de um bueiro na Avenida Nilo Peçanha, no Centro, carregando cabos de cobre furtados momentos antes. Nos veículos utilizados pelo grupo, foram apreendidos cerca de 800 kg de cabos subtraídos, materiais de uso exclusivo da Light. Os cabos furtados eram responsáveis por alimentar pontos estratégicos da cidade, como o Tribunal de Justiça e vários hospitais, colocando em risco serviços essenciais à população.
Entre os presos, um policial militar foi identificado como um dos responsáveis pela segurança do grupo durante os furtos. Ele atuava para garantir a falsa legitimidade das ações da quadrilha, além de reforçar a proteção enquanto os crimes eram cometidos. O fato de um membro das forças de segurança estar envolvido na ação criminosa levanta sérias questões sobre a infiltração do crime no aparato policial.
Um dos integrantes já respondia em liberdade por crimes semelhantes, mostrando a reincidência e a organização estruturada do grupo, que operava de forma profissional e coordenada.
Os seis presos, incluindo o policial militar, foram autuados pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A polícia segue investigando a quadrilha para identificar possíveis compradores dos materiais furtados e outros membros do grupo que possam estar envolvidos.
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