Polícia

Carta detalha história macabra de corpos enterrados em Itaboraí

Publicada às 10h15. Atualizada às 11h10.

Imagem ilustrativa da imagem Carta detalha história macabra de corpos enterrados em Itaboraí
As ossadas estavam enterradas embaixo de um concreto. Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil investiga o encontro de restos mortais no quintal de uma residência, no bairro de Visconde, em Itaboraí. As ossadas estavam enterradas embaixo de um concreto e a suspeita é de que seja de uma família: uma mãe e dois filhos. O caso foi descoberto na tarde desta quarta-feira (6).

De acordo com a polícia, o filho de um homem identificado como Gilnei Pavão — dono da casa e que teria cometido suicídio em dezembro — esteve no imóvel para uma limpeza e encontrou uma carta, supostamente escrita pelo pai. Na mensagem, o homem descreve uma história macabra envolvendo a morte da esposa e dos dois enteados.

Na carta, Gilnei supostamente detalha que chegou em casa e encontrou os três já mortos, amarrados e asfixiados com sacos plásticos na cabeça, no dia 10 de março de 2017. E "por medo" da repercussão do caso e para não acabar levando a culpa, teria enterrado os três no próprio quintal de casa, no dia seguinte ao crime.

O filho então procurou a Delegacia de Itaboraí (71ª DP), no centro da cidade, que acionou o Corpo de Bombeiros para realizar a escavação, uma vez que a área estava concretada. Após achar os restos mortais, a Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) foi acionada para investigar o caso.

Com base no relato encontrado na carta, as possíveis identificações das vítimas seriam Maria Rosane Guedes Barboza, de 60 anos (mãe), Germano Guedes Barboza, de 35 anos, e Rodrigo Guedes Barboza, de 38, ambos enteados. O padrasto e dono da casa, segundo a Polícia, seria ex-policial militar, expulso da corporação por acusação de homicídio.

De acordo com o delegado Leonardo Affonso, responsável pelo caso, os ossos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo, onde serão submetidos a exames de DNA.

"Não há registros de desaparecimento de nenhum dos três. Vamos esperar o laudo do exame para confirmar essas três vítimas e buscar parentes para colher depoimentos. Mas ao que tudo indica, ele seria o próprio autor do crime", afirma o delegado.

Colaborou: Tiago Souza

< Manhã de mortes em diferentes bairros de São Gonçalo Museu de Arte Moderna do Rio com oficinas de férias <