Polícia
Caso Flordelis: 'Nada aconteceria sem aval final da deputada', diz delegada
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara se reuniu nesta terça-feira (13) para ouvir testemunhas no processo contra a deputada Flordelis (PSD).
A deputada é acusada pelo Ministério Público de ser responsável pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime aconteceu em junho de 2019. Além disso, ela responde processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho.
A primeira testemunha escutada foi a delegada Bárbara Lomba Bueno, primeira responsável pelo caso. Durante o depoimento, a delegada, questionada pelos advogados de defesa da deputada, falou sobre a relação da Flordelis com os acusados.
“Até a altura em que nós investigamos, eu posso afirmar que as pessoas envolvidas, as pessoas em cujos telefones, em cujos depoimentos, nós comprovamos que estavam diretamente envolvidas, todas são absolutamente vinculadas à deputada Flordelis. E de outra parte, por isso nós tivemos o cuidado de investigar também como funcionavam as relações ali, naquele grupo".
Bárbara Lomba Bueno, delegada
Bárbara Lomba conduziu as investigações até janeiro de 2020, quando foi substituída pelo delegado Allan Duarte.
A delegada afirmou ao conselho que "nós conseguimos saber com clareza, isso não tem dúvida, que nada aconteceria dentro daquela casa e como aconteceu sem o aval final da deputada”.
Durante o depoimento, a delegada alegou também que os envolvidos eram manipulados pela deputada. E que até o momento em que esteve à frente do caso, "continuaria considerando a deputada investigada".
O segundo depoimento seria do delegado Allan Duarte, atual responsável pela investigação. Entretanto, ele afirmou que não poderia comparecer. A reunião foi suspensa e a data para que a segunda testemunha seja ouvida ainda será definida.
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