Justiça

Caso João Pedro: policiais são ouvidos em nova audiência

Familiares estiveram no Fórum do Colubandê, em São Gonçalo

Neílton da Costa: protesto e esperança na Justiça após morte do filho
Neílton da Costa: protesto e esperança na Justiça após morte do filho |  Foto: Lucas Alvarenga
  

A Justiça começou a ouvir nesta quarta-feira (13) os três policiais envolvidos na morte do adolescente João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, ele morreu após ter sido baleado durante uma operação conjunta das polícias Federal e Civil no Complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, no dia 18 de maio de 2020.  Essa é a 6° audiência do caso. A primeiro audiência foi realizada no dia 5 de setembro de 2022, dois anos após a morte do rapaz. 

"Eu creio que não vai ter como eles escapar desse júri popular tanto esperado.  A nossa expectativa é a melhor possível", disse Neílton Costa, pai de João Pedro.

Neílton classifica como lento o processo já que se passaram quase quatro anos da ação que tirou a vida do seu filho.

"Eu vejo a Justiça lenta já que faz três anos e quatro meses. É muito tempo para um caso desse, um jovem, de 14 anos, que estava dentro do seu lar brincando com amigos e a polícia achar no direito de efetuar vários disparos", disse.

Essa é a 6ª audiência do caso que teve início em 2022
Essa é a 6ª audiência do caso que teve início em 2022 |  Foto: Lucas Alvarenga
  

São suspeitos de terem feito os disparos os agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), divisão de elite da Polícia Civil: Mauro José Gonçalves, Maxwell Pereira e Fernando de Brito Meister.

No momento da ação, João brincava em casa com amigos quando, segundo familiares, policiais entraram no imóvel atirando. O menino foi atingido por um disparo de fuzil na barriga e socorrido de helicóptero, mas não resistiu.

Operação

O objetivo da operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Federal era cumprir dois mandados de busca e apreensão contra lideranças de uma facção criminosa em São Gonçalo.

Denúncia à ONU

O assassinato de João Pedro foi denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) pela deputada estadual Renata Souza (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), junto com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

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