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    Audiência

    Caso Rhuan: PM acusado de matar jovem é ouvido pela Justiça em SG

    Família e amigos fizeram manifestação em frente ao Fórum

    Publicado 02/06/2025 às 13:42 | Autor: Tiago Souza
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    Rhuan morreu um dia depois da abordagem policial às margens da BR-101
    Rhuan morreu um dia depois da abordagem policial às margens da BR-101 |  Foto: Gabriel Rechenioti

    Com os olhos marcados pela dor e pela vigília, Fernanda Rodrigues chegou cedo ao Fórum do Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, nesta segunda-feira (2). Acompanhada por familiares e amigos, ela se prepara para um dos momentos mais difíceis desde a perda de seu filho: encarar, pela primeira vez, o policial militar acusado de matar Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos.

    “Eu tô acordada desde umas 4 horas da manhã. Muito tensa, muito apreensiva. Hoje (segunda) vai ser a primeira vez que eu vou ficar de frente com a pessoa que matou meu filho. Estou muito confiante na Justiça. Esperei muito por esse dia”, disse Fernanda, emocionada, antes da audiência.

    Além da mãe, as testemunhas de acusação foram proibidas de entrar na sala de audiência com as blusas que têm a foto de Rhuan estampada. 

    O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro marcou para esta tarde a audiência de julgamento do tenente Marcos Gabriel Silva Mendes, do 7º BPM (São Gonçalo). Ele é acusado pelo Ministério Público do Estado do Rio de ter assassinado Rhuan de forma brutal, durante uma abordagem policial ocorrida na noite de 19 de agosto de 2024, no bairro Porto do Rosa, em São Gonçalo.

    Segundo a denúncia, o crime foi qualificado por motivo torpe e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Familiares alegam que Rhuan, que era sócio de um depósito de bebidas e de uma loja de roupas, foi alvejado mesmo após obedecer a uma ordem de parada. Ele foi socorrido ao Pronto Socorro Central (PSC), no Zé Garoto, mas não resistiu.

    A expectativa de Fernanda e da família de Rhuan é que o julgamento traga respostas e justiça.

    “Meu filho não era bandido, não tinha passagem, não fazia mal a ninguém. Ele tinha sonhos, tinha planos. Eu quero justiça, não só por ele, mas por todas as mães que enterraram seus filhos injustamente”, declarou Fernanda, com a voz embargada.

    A defesa do acusado não foi localizada pela reportagem do ENFOCO até a publicação desta reportagem. 

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