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Central clandestina de internet lucrava mais de R$ 50 mil em Niterói

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|  Foto: foto: lucas benevides
Quadrilha tinha lucro superior a R$ 50 mil com o serviço de "gatonet". Foto: Lucas Benevides

Com uma clientela de aproximadamente mil pessoas e um lucro mensal superior a R$ 50 mil, uma quadrilha vinha reprimindo e tirando o direito do consumidor de escolher o seu provedor de internet no Engenho do Mato, em Niterói. Dessa forma, uma investigação da Delegacia de Itaipu (81ª DP) descobriu o esquema criminoso e localizou a central de distribuição do “gatonet”, nesta terça-feira (31), na Rua Clemente Machado de Souza.

Segundo a polícia, a quadrilha cobrava R$ 60 por mês, para que os moradores das localidades Pau Roxo e Rua 42 utilizassem o serviço, e assim, impedir a instalação de cabos de outras operadoras na região. Segundo a polícia, o grupo reprimia e obrigava os moradores da região a consumirem o produto irregular da quadrilha.

O delegado da distrital, Fábio Barucke, informou que o próximo passo da investigação é descobrir se o homem, preso em flagrante nesta terça-feira (31), possui ligação com o crime organizado local. De acordo com a polícia, o chefe do tráfico é um criminoso conhecido como João Coroa. O traficante, apesar de estar preso desde 2012, continua regendo as atividades.

“Recebemos diversas denúncias a cerca desse crime e avançamos com a localização da central de distribuição do sinal de internet clandestina. O próximo passo é identificar se ele possui alguma ligação com o crime organizado”, disse o delegado.

Crime pode ter sido expandido na Região Oceânica de Niterói

Segundo a investigação, os criminosos vêm utilizando o serviço para aumentar a lucratividade em diversos pontos de Niterói. O delegado contou que essa prática é realizada pelo fato de ser uma renda fácil e acontecer de forma "silenciosa".

“Nós estamos investigando a informação de que criminosos estão utilizando o ‘gatonet’ para expandir os seus lucros. Isso acontece devido ao 'gatonet' ser uma atividade altamente lucrativa. Seguimos com o procedimento investigativo nessas regiões e buscaremos reprimir toda e qualquer ação criminosa”, concluiu o delegado.

Em julho deste ano, moradores do bairro Cafubá ficaram sem internet. Sobretudo, porque criminosos, que seriam ligados ao Comando Vermelho (CV), cortaram cabos de conexão do serviço em parte do bairro.

Assim, denúncias apontam que a intenção dos traficantes é obrigar moradores a contratarem o serviço de internet fornecido por eles. A suposta empresa que oferece pacotes entre R$ 39,99 a R$ 139,99, apontada por moradores como ligada aos traficantes, negou a informação.

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