Caso Cauã

'Cheio de sonhos', dizem familiares de rapaz assassinado no Rio

Jovem foi baleado e morto na noite da última segunda-feira (4)

Familiares deram último adeus ao jovem morto
Familiares deram último adeus ao jovem morto |  Foto: Karina Cruz
  

O enterro do jovem Cauã da Silva Santos, de 17 anos, morto durante uma ação policial na última segunda-feira (4), foi marcado por revolta dos familiares contra a Polícia Militar. Uma parente próxima ao menino confirmou que ele era muito popular e querido na comunidade do Dourado, em Cordovil, Zona Norte do Rio. Ela reforça que o jovem tinha a ambição de ser um grande lutador. 

"Era um menino maravilhoso, tinha uma relação ótima com todos que conhecia. Ele estava treinando firme para disputar o mundial de Jiu-Jitsu de sua categoria. O pessoal me contou que ele foi morto pela polícia, eu não vi o disparo. Depois que eles chegaram atirando, foi muita correria". 

Cauã foi assassinado quando realizava um evento social na comunidade Dourado, em Cordovil, Zona Norte do Rio
  

Cauã foi assassinado quando realizava um evento social na comunidade Dourado, em Cordovil, Zona Norte do Rio. Thiago Velasco, tio do rapaz, também falou sobre o ocorrido e disse que vai lutar por justiça. 

Enfoco
 
A gente não pode aceitar uma situação dessas. Esse Modus Operandi da polícia está totalmente equivocado. Não acredito que a bala o tenha atingido por acidente. A perfuração na camisa mostra um tiro reto no peito. Meu sobrinho não é bandido. Eu vou levar essa situação até as últimas consequências em busca de justiça Thiago Velasco, Tio de Cauã
  

Pouco antes do sepultamento, familiares discursaram pedindo justiça e agradeceram a presença das mais de 100 pessoas que estavam no local. Também foram feitos pedidos para que os amigos e familiares não se manifestem de forma violenta para não descredibilizar qualquer pedido pela morte do rapaz. 

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Policiais afastados

Segundo a Polícia Militar, agentes do Batalhão de Olaria (16ª BPM) realizavam um patrulhamento pela Rua Antônio João, quando foram atacados por criminosos, gerando um confronto. Mais tarde, os policiais seguiram até um valão próximo onde outros criminosos tinham pulado durante a fuga.

A PM afirma que os agentes souberam, mais tarde, que um homem foi atingido por bala de fogo no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde não resistiu aos ferimentos. Essa vítima seria Cauã. 

O relato da família compactua com essas informações, já que depois de encontrarem o corpo de Cauã em uma vala, moradores o levaram para o hospital mencionado pela Polícia, mas ele não resistiu aos ferimentos. 

Ao ENFOCO, a PM informou que a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) já instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar todas as circunstâncias do caso. Os policiais envolvidos já foram afastados da corporação. As armas foram entregues na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e a Polícia Civil está fazendo diligências e vai ouvir testemunhas para esclarecer os fatos.

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