Alto luxo
Clínica de estética sem licença é fechada em shopping no Rio
Ação foi feita em parceria da Polícia com Vigilância Sanitária
Policiais civis da Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor (Decon), peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e fiscais do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa Rio) interditaram, na manhã desta quarta-feira (27), uma clínica de estética irregular no interior do shopping VillageMall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A ação fiscalizatória integrada tinha a finalidade verificar informações obtidas através do monitoramento de anúncios que oferecem serviços estéticos de alta complexidade nas redes sociais.
Apesar de não possuir licença sanitária para a realização de procedimentos estéticos invasivos e de alta complexidade, a clínica oferecia tais serviços livremente nas redes sociais. Durante a ação, os agentes encontraram uma sala de cirurgia improvisada e evidências de que no local eram realizadas cirurgias como lipoaspiração, mamoplastia e mastopexia (implantes de silicone), além de procedimentos de instalação de balão intragástrico.
Tudo que demandaria estrutura para eventuais intercorrências, como a presença de desfibrilador, equipamentos específicos de UTI, contrato com ambulância e hospital de retaguarda, o que de fato não havia e colocava em risco a vida dos pacientes, além de contrariar as normas e autorizações vigentes para o local.
Ainda durante a fiscalização, segundo a Polícia Civil, foram encontrados medicamentos com prazo de validade vencido, além de remédios de alta vigilância e de uso exclusivo em instituições hospitalares, como o Propofol, um potente anestésico apontado como responsável pela morte do cantor Michael Jackson. Em decorrência das diversas irregularidades encontradas, o local foi interditado pelos agentes.
Proprietários de outras clínicas de estética na cidade do Rio, os sócios da unidade fechada nesta quarta já eram investigados por uma fraude milionária envolvendo reembolsos de operadoras de planos de saúde. Eles não foram encontrados no local, segundo a Polícia Civil. Encaminhada a DECON a gerente da clínica prestou depoimento e foi liberada, enquanto os sócios responderão por Crimes Contra as Relações de Consumo (Art 7º, inciso IX da Lei 8.137/90).
Contatada, a clínica acusada não se posicionou até a postagem desta reportagem.
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