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    Investigação

    Criminosos usaram GPS para vigiar advogado morto em Niterói

    Carlos Daniel foi assassinado na frente do filho no ano passado

    Publicado 27/07/2023 às 14:54 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Os presos foram levados para a DHNSG
    Os presos foram levados para a DHNSG |  Foto: Lucas Alvarenga

    Agentes da  Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) seguem nas ruas com o objetivo de prender Bernardo Bello, o bicheiro líder da organização criminosa que planejou o assassinato do advogado Carlos Daniel Dias André, morto em maio de 2022, no bairro do Cafubá, na Região Oceânica de Niterói. Três homens já foram presos. Os criminosos usaram um GPS para monitorar a vítima por oito dias. 

    A investigação teve início no dia 30 de maio de 2022, quando o crime ocorreu. Carlos Daniel foi morto à luz do dia. A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (27), Marcelo Magalhães. Ele é dono de uma empresa do setor alimentício que, junto com Bello, realiza lavagem de dinheiro. 

    LEIA+: Acusados da morte de advogado em Niterói são presos em operação

    O braço financeiro da organização criminosa chefiada por Bello é Alan Diego, um segundo preso na operação desta quinta. Ele e Marcelo Magalhães teriam se desentendido e é aí que entra Carlos Daniel, um advogado que já tinha conhecimento na área e começa a defender Magalhães, fomentando na delegacia uma denúncia contra Alan Diego.

    "Quando o advogado vai a uma delegacia para fazer o registro contra Alan, ele tem sua sentença de morte declarada", afirmou o secretário de Polícia Civil Fernando Albuquerque. 

    O planejamento do crime incluiu Bernardo Bello, o líder da organização; Alan Diego, seu braço financeiro; o agente penitenciário Wallace Pereira Mendes; Marcelo Magalhães, que depois do crime voltou a fazer negócios com Alan; Marcelo Repolhão, o braço armado da organização; e o filho dele. Por causa disso, são seis mandados de prisão. A investigação do crime foi complexa. 

    "A vítima é um advogado e ex-policial civil, que estava trafegando na cidade de Niterói, para no sinal de trânsito, e, nesse momento, uma moto clonada com dois ocupantes se aproxima. Um deles desce da moto e executa o Carlos Daniel por uma fresta do vidro aberto do lado de onde estava sentado o filho dele. Conseguimos inicialmente a captura do motorista da moto e do executor, e hoje a captura dos mandantes intermediários", afirmou Pablo Valentim, delegado da DHSNG. 

    Bernardo Bello é da Vila Isabel
    Bernardo Bello é da Vila Isabel |  Foto: Reprodução

    O executor atuava como segurança de Bernardo e, foi assim, que o chefe da quadrilha foi ligado ao crime. Após isso, mais provas foram obtidas através de ligações telefônicas. 

    "A vítima foi monitorada por oito dias ou mais com um apartamento alugado em um bairro vizinho. Tivemos a utilização de um equipamento tecnológico, um GPS, que foi encontrado no carro da vítima e indicou a participação de dois intermediários. Quando prendemos o motorista, conseguimos, ao longo da investigação, com investigações telefônicas, comprovar a atuação do bicheiro Bernardo Bello, do Alan, do Marcelo Repolhão, seu braço armado e de outros", afirmou Pablo. 

    Carlos Daniel foi morto em maio de 2022
    Carlos Daniel foi morto em maio de 2022 |  Foto: Reprodução

    Foi Repolhão, inclusive, quem adquiriu o GPS, o ativou e o entregou ao executor para que colocasse no carro da vítima. 

    A vítima, que morreu na frente de seu filho, foi assassinada no momento que os criminosos acharam apropriado. Isso porque eles ficaram vigiando Carlos Daniel por oito dias. 

    Até o momento, foram cumpridos três mandados de prisão, sendo eles contra: Marcelo Magalhães, Alan Diego e Wallace Pereira Mendes. Os outros, incluindo Bernardo, seguem foragidos. Na ação, foram apreendidos carros, armas, dinheiro, roupas e eletrônicos. Os mandados foram cumpridos na operação 'As de Ouros II', que dá continuidade à operação 'Às de Ouros I', que, cerca de um mês após a morte de Carlos Daniel, identificou e prendeu os homens que executaram a vítima. 

    Foram apreendidas armas, dinheiro e carros, dentre outros itens
    Foram apreendidas armas, dinheiro e carros, dentre outros itens |  Foto: Lucas Alvarenga

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