Ministério Público
Defesa de delegado alvo de operação alega perseguição política
Três celulares foram apreendidos na casa de Antônio Ricardo
A defesa do ex-diretor da Delegacia de Homicídios, delegado Antônio Ricardo, alvo de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (9), não descarta a possibilidade de que o cliente possa estar sendo alvo de perseguição política.
Adriana Galucio, advogada que representa Ricardo, disse ter dúvidas do teor da operação e que o episódio pode estar relacionado com a candidatura a deputado estadual na próxima eleição.
"É muito suspeito em véspera de política, já que ele está vindo como candidato a deputado, aparece uma busca e apreensão na casa dele, onde nada de ilícito foi encontrado, isso vai ficar provado no decorrer do processo assim que eu tiver ciência do que ele está sendo acusado, pois ainda não faço ideia do que desencadeou essa operação. Ele nunca foi intimado para prestar nenhum depoimento referente à investigação que está sendo alvo", disse.
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Segundo a defesa, os agentes chegaram na casa de Antônio Ricardo por volta das 6 horas. Os agentes apreenderam três celulares no imóvel. Apesar da ação desta sexta-feira (9), os advogados acreditam que a operação não vai atrapalhar a candidatura de Antônio Ricardo.
Prisão
Mais cedo, na mesma operação, o ex-chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, que é candidato a deputado federal, foi preso na manhã desta sexta-feira (9) por agentes do Ministério Público do Rio. Ele é acusado pelo crime de organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho. A ação contou com o apoio da corregedoria da Polícia Civil.
Turnowski já havia chefiado a Polícia Civil entre 2010 e 2011. Mas voltou ao cargo em 2020. Ele se licenciou em março deste ano para concorrer ao cargo eletivo.
A operação é um desdobramento da ação que prendeu em junho de 2021 o delegado Maurício Demétrio, que segue preso, acusado de corrupção dentro da Polícia Civil. Demétrio é investigado por suspeita de forjar operações para incriminar adversários e também teria participação na morte do contraventor Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, morto em novembro de 2020 em um heliponto no Recreio, Zona Oeste do Rio.
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