Polícia
Delegacia da Mulher em SG faz exposição com exemplos de superação
Para encerrar os 16 dias de ativismo contra a violência doméstica, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo, deu início nesta quinta-feira 910) a exposição com imagens de mulheres vítimas da violência. A mostra foi inaugurada no início da tarde no hall de entrada da Delegacia do Mutuá.
De acordo com Carla Tavares, delegada titular da especializada, essa foi a forma que a delegacia encontrou para homenagear as mulheres que conseguiram romper o ciclo de violência e denunciar os agressores.
"São mulheres fortes e especiais que conseguiram vencer. E para a fazermos as fotos, elas tiveram um dia de beleza que foi maravilhoso. A gente contou com o apoio de uma policial feminina que também é fotógrafa e aí conseguimos registrar essas belas imagens ", afirmou.
Carla Tavares, delegada
De acordo com a delegada o principal objetivo da exposição é valorizar a autoestima das mulheres.
"Além disso, queremos que elas acreditem no trabalho policial e que se sintam acolhidas. È preciso que elas saibam que podem contar com a polícia para que possamos punir esses agressores ", pontuou.
Moradora do bairro Trindade, Maria de Fátima de 72 anos revela que sofria há 30 anos com violência psicológica proporcionada pelo ex-marido.
"Foram anos de agressão psicológica e muita humilhação, até que ele me deu um soco. Encontrei forças para dar um basta nessa situação. Mesmo com ameaças dele, vim sozinha na delegacia e denunciei"
Dossiê Mulher
De acordo com dados do último Dossiê Mulher, divulgado em setembro pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), no município de São Gonçalo foram registrados 5.956 casos de violência contra a mulher de todos os tipos.
Segundo o Dossiê, as formas de violência que mais apresentaram casos foram: física (31,3%) e psicológica (31,1%). O mês com maior número de casos registrados foi outubro com 570 ocorrências.
A delegada Carla Tavares destaca que esse ano os números de violência contra a mulher cresceram no período de pandemia.
"As mulheres estavam em casa com os seus agressores e isso gera um conflito maior porque elas estão dentro de um espaço confinado. Contudo, a polícia vem agindo forte e em São Gonçalo, temos efetivo não só da delegacia, como também do judiciário e do ministério público que estão apoiando todo esse trabalho"
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