Crime organizado
Delegada Ana Lúcia é afastada por decisão da Justiça; entenda
Ela é mulher de um miliciano preso na Operação Heron
A delegada Ana Lúcia da Costa Barros foi afastada de suas funções por determinação da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio neste domingo (29). Ela é mulher de um dos sete presos na Operação Heron, que é contra a milícia no Rio de Janeiro.
De acordo com informações do G1, a força-tarefa da Polícia Civil afirmava que os dados de sua conta na Polícia Civil haviam sido utilizados em favor de um grupo de criminosos por ordem do miliciano Francisco Anderson da Silva Costa, mais conhecido como Garça. Ele teria usado esse login para verificar dados de placas de veículos.
Por conta disso, a suspensão de seus acessos estava na decisão judicial deste domingo. A Corregedoria da PM e o Ministério Público também participaram da investigação.
Como chegaram até Ana Lúcia?
Garça já era visado pela Polícia. Em uma operação para prendê-lo há pouco mais de um ano, um telefone com dados sobre sua quadrilha foi apreendido. Foi constatado então que Garça havia mandado uma mensagem para o marido de Ana Lúcia, André Guedes Benício Batalha.
No conteúdo do texto ele pedia para Guedes ''levantar uma placa'' porque ele estava desconfiado de que um carro pudesse ser uma viatura da Polícia Civil descaracterizada. Seu comparsa então logo informou os dados do veículo pedido. Por conta disso, Ana Lúcia passou a ser investigada.
“Estamos analisando para saber se houve a participação dela, se vai ser oferecida denúncia ou se vão ser aprofundadas as investigações contra ela“, disse André Cardoso, promotor do Ministério Público do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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