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    Novo Egito

    Delegada é alvo do MP por ligação com Faraó dos Bitcoins

    Daniela dos Santos teria recebido propina

    Publicado 09/12/2022 às 8:55 | Atualizado em 09/12/2022 às 9:15 | Autor: Tiago Souza
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    Em 2011, Rebelo se envolveu em uma confusão com a ex-modelo Cristina Mortágua
    Em 2011, Rebelo se envolveu em uma confusão com a ex-modelo Cristina Mortágua |  Foto: Reprodução

    A delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto foi alvo de um mandado de busca e apreensão. A ação desta sexta-feira (9) é realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. Atualmente a delegada trabalha como assistente na Delegacia de Crimes de Internet, na Cidade da Polícia. 

    O objetivo da operação é cumprir 12 mandados de prisão e 5 de busca e apreensão. As ações estão sendo realizadas na capital, Niterói, São Gonçalo, Campo Grande e outras regiões. Além da casa da delegada, as residências de um policial civil e de um policial militar também foram alvos. 

    A investigação apontou que a delegada é suspeita de receber propina de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, preso desde agosto do ano passado. Episódio teria ocorrido quando ela estava na Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil. 

    Os agentes foram ao condomínio de luxo onde ela mora, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A ação Novo Egito é um desdobramento da operação Kryptos, que prendeu Glaidson. O esquema movimentou cerca de R$ 38 bilhões, apontou a Polícia Federal.

    Agentes do Gaeco cumpriram mandado de busca e apreensão em condomínio de luxo na Barra da Tijuca
    Agentes do Gaeco cumpriram mandado de busca e apreensão em condomínio de luxo na Barra da Tijuca |  Foto: Lucas Alvarenga

    Em 2011, Rebelo se envolveu em uma confusão com a ex-modelo Cristina Mortágua. O MP chegou a denunciar a delegada por abuso de autoridade. 

    Rebelo é esposa do delegado Marcos Cipriano, que foi preso este ano durante a Operação Calígula, que mirou a exploração ilegal de jogos de azar pelo bicheiro Rogério de Andrade.

    Os promotores que investigaram Cipriano afirmam que ele teria intermediado um encontro entre Ronnie Lessa, a delegada Adriana Belém e o inspetor de polícia Jorge Luiz Camilo Alves. Do encontro, teria nascido a negociação para a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níqueis apreendidas numa casa de apostas de Rogério de Andrade, que ficava no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca.

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