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    Denúncia

    Dezessete PMs na mira do MP por envolvimento com a milícia

    Entre os denunciados estão oficiais e um coronel da PM

    Publicado 26/09/2024 às 9:23 | Autor: Enfoco
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    Policiais militares atuavam como informantes de um grupo criminoso, diz denúncia
    Policiais militares atuavam como informantes de um grupo criminoso, diz denúncia |  Foto: Divulgação

    O Ministério Público do Rio (MPRJ) cumpre, nesta quinta-feira (26), trinta e sete mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 17 policiais militares. Entre os alvos está o coronel Marcelo Moreira Malheiros.

    Na segunda fase da operação Naufrágio, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou os agentes pelos crimes de associação criminosa voltada para a prática de milícia, extorsão, comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva.

    De acordo com a denúncia, os policiais militares atuavam como informantes de um grupo criminoso que atua na Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

    A ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil.

    Segundo as investigações, que contaram com informações e relatórios de análise produzidos pela Polícia Civil, os denunciados forneciam à milícia da Zona Oeste informações privilegiadas sobre operações, negociavam a venda de armas e munições, e atuavam como motoristas dos milicianos nos deslocamentos entre comunidades do Bateau Mouche, Barão, São José Operário, Campinho, Fubá, Chacrinha e Quiririm.

    Oficiais e coronel da PM

    Entre os denunciados estão oficiais e um coronel da Polícia Militar. A pedido do Gaeco/MPRJ, o Juízo da Auditoria da Justiça Militar determinou a suspensão integral do exercício da função pública dos denunciados, a suspensão do porte de armas de fogo, entre outras medidas cautelares.

    Na ação penal, o Gaeco/MPRJ aponta diálogos em que milicianos indicam aos policiais os locais exatos para incursões, detalhando os trajetos com pontos de referência para evitar erros na comunidade.

    Em outra conversa, aponta a denúncia, um policial militar informa que haverá “treino em outro ambiente”, em referência a não haver operação policial nas áreas de atuação da milícia, complementando que quando houver operação informará um dia antes. A operação mencionada foi coordenada pelo 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

    Os mandados estão sendo cumpridos nos endereços dos denunciados, bem como nos batalhões em que os PMs estão lotados atualmente:

    - Departamento Geral do Pessoal (Centro);

    - Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Centro);

    - 41° BPM (Colégio);

    - 40º BPM (Campo Grande);

    - 9º BPM 2ª CIA (Honório Gurgel);

    - 5º BPM (Gamboa);

    - 18º BPM (Freguesia);

    - 15º BPM (Duque de Caxias);

    - 18º BPM (Freguesia);

    - 20º BPM (Mesquita);

    - BPCHOQUE (Centro);

    - Diretoria de Licitações e Projetos (Centro).

    O que diz a PM

    Procurada, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou, através da Corregedoria Geral da Polícia Militar, "que está apoiando e colaborando com a operação do Ministério Público".

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