Polícia
Dois anos da morte de Romário Barros em Maricá com autoridades em silêncio
Dois anos após a morte do jornalista Romário Barros, o caso ainda segue sob investigação sem qualquer esclarecimento por parte do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Romário foi executado a tiros dentro do próprio carro por um homem armado encapuzado na noite do dia 18 de junho de 2019, após voltar de uma caminhada, no bairro Araçatiba, em Maricá.
Segundo a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí, São Gonçalo (DHNISG), responsável pela investigação do crime, o inquérito já foi enviado ao MPRJ, que por sua vez ainda prestou qualquer informação sobre o andamento das investigações se limitando apenas a dizer, mais uma vez, que o caso está sob sigilo.
Pela legislação o Ministério Público não dispõe de prazo específico para investigação e conclusão de inquérito, até que provas sejam suficientemente reunidas para que finalmente o caso seja apresentado à Justiça. Além disso, o MP pode ainda devolver o caso a Polícia Civil, se assim avaliar pertinente.
“É tão difícil lidar com essa situação. Cada dia realmente é um novo dia. Toda a equipe de jornalismo sente muito pelo que aconteceu. Hoje só nos resta as melhores lembranças dele, que atuava na profissão com muito amor e dedicação”
Denis Pereira, amigo do jornalista.
Para o presidente da Associação de Imprensa de Maricá, Paulo Celestino, a sensação que fica, após dois anos sem respostas, é de impotência e insegurança.
“Calar a imprensa é calar a democracia, calar a voz do povo, e nós não podemos admitir isso. Nós não sabemos o que aconteceu neste caso e nem em tantos outros que aconteceram além desse na cidade. O que podemos falar no momento é que continuamos o trabalho com toda a atenção possível e esperamos um esclarecimento"
Quase um mês antes da morte de Romário, a cidade registrou a morte de outro jornalista, Robson Giorno, que era dono do blogue 'O Maricá'. Ele foi morto na porta de casa, no bairro Boqueirão. No primeiro semestre de 2019, ano em que as mortes ocorreram, o Brasil ocupou o 4º lugar na lista de países mais perigosos para o exercício da profissão.
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