Fraude

Donas de cartório 'fake' são presas na Zona Oeste do Rio

Local chegou a registrar, inclusive, casamentos

Policiais perceberam fraude e deram voz de prisão às mulheres
Policiais perceberam fraude e deram voz de prisão às mulheres |  Foto: PCERJ
  

Duas donas de um cartório pirata foram presas nesta quinta-feira (20) no estabelecimento localizado na Estrada da Matriz, em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a Polícia Civil, as acusadas estavam atuando de forma ilegal. Dois escreventes foram indiciados. As investigações apuram ainda se há participação de outros envolvidos no crime. 

"Realizamos diligências no local para verificar a informação de que os selos eram falsos. Os agentes abordaram um homem após ele sair do falso cartório. Ele estava na posse de documento com um selo de autenticação com logomarcas de Cartório de Ofício, o que motivou a entrada dos agentes no local. Notamos que os selos eram verdadeiros e mesmo assim, eles eram usados de forma ilegal", disse o delegado Alan Luzardo, titular da Delegacia de Defraudações. 

Ainda segundo Alan, os escreventes, que são de outro cartório, localizado em Campo Grande, fizeram todo o planejamento para as mulheres montarem o cartório pirata. Eram eles que repassavam os selos verdadeiros para as mulheres registrarem em documentos no local. Os atos são ilegais e as autenticações também, segundo a polícia. 

"As mulheres fazem todos os tipos de serviços no escritório pirata. Elas não poderiam fazer escrituras por não ter conhecimento técnico. Até casamentos foram realizados. Vimos os números e ficou comprovado que eles recebiam bastante clientes", contou Alan. Elas vão responder por uso indevido de selo verdadeiro. 

O delegado não soube precisar quantas pessoas que utilizaram os serviços do local foram lesadas, mas disse que a investigação apontou que o cartório pirata funcionava há um ano.

Além disso, para saber se o cartório é válido, basta checar no site do tribunal de justiça, onde mostra a listagem com todos os endereços dos cartórios registrados. O delegado orienta ainda que as pessoas que fizeram serviços do estabalecimento, a procurar outros cartórios para legalizar o documento.

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