Polícia

'Ela tinha sonhos', revela o pai da jovem morta pelo marido em SG

O corpo da jovem Maria Eduarda Aves Lima, de 17 anos, foi enterrado na manhã desta sexta-feira (22), no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo. Ela foi atingida por pelo menos dois tiros dentro de casa efetuados pelo próprio companheiro, durante uma discussão, no bairro Arsenal, na noite da última segunda-feira (18).

Amigos e familiares chegaram em dois ônibus alugados e prestaram as últimas homenagens a jovem, que segundo amigos, sempre teve uma atitude dócil e gentil. Mais de cem pessoas compareceram ao velório.

"Ela era o tipo de pessoa que você  podia estar triste, mas ela chegava e falava, 'Nossa você tá tão bonita!', disse a amiga Paola Queiroz.

Além de encantar amigos e professores a jovem também era admirada por funcionários da escola onde estudava.

"Era estrela na escola, quando eu barrava ela na portaria por estar de sandália, ela me chamava de chata, mas voltava e falava 'Tia Gorete eu te amo'", comentou Maria Gorete, porteira da escola.

Emocionado, o pai da jovem, José Roberto, também se pronunciou sobre a filha.

"Minha filha era uma garota especial. Ela tinha o sonho de conquistar as coisas dela, uma delas seria fazer faculdade. Sempre falava que queria doar os órgãos e isso foi cumprido", disse Roberto.

Apesar do crime a família pede 'libertação divina' para o acusado.

"Pedimos orações pelo Patrick e pela mãe dele, a família dele é muito boa. Criamos meu neto juntos e a mãe dele sempre ajudou também", disse o pai.

Ciúmes

Maria Eduarda era casada há três anos com Patrick. Eles chegaram a morar um tempo na casa da mãe de Eduarda, mas quando a jovem ficou grávida ela e o marido foram viver juntos.

Ainda segundo familiares, eles tinham  desentendimentos como todo casal, mas uma das principais causas das brigas era o ciúme que Patrick sentia do próprio filho. Em uma das brigas ele chegou a pedir para Maria Eduarda escolher entre ele ou o filho.

Segundo as investigações, a Polícia trabalha com a hipótese de crime premeditado, pois no dia do ocorrido o acusado saiu do banco, no Centro de Niterói, onde presta serviço como segurança, levando uma arma.

Segundo familiares da vítima, ela já estava decidida a se separar do acusado, mas ainda vivia na mesma casa.

A jovem deixa um filho de um ano que presenciou o crime cometido pelo próprio pai, que acabou preso acusado do assassinato.

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