Quadrilha

Eletricista é preso acusado de fazer cirurgias plásticas no Rio

Ele é envolvido na morte de funkeira durante lipoaspiração

Almir Paixão é proprietário de clínica clandestina na Baixada Fluminense
Almir Paixão é proprietário de clínica clandestina na Baixada Fluminense |  Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (8), uma quadrilha que realizava cirurgias plásticas ilegais no Rio de Janeiro. Entre eles, está Almir Paixão da Silveira Junior, eletricista que se passava por médico e foi acusado pela morte de Fernanda Rodrigues, a MC Atrevida, após uma hidrolipo em uma das clínicas clandestinas, na Zona Norte do Rio.

A operação, conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon), revelou uma série de práticas irregulares nas clínicas envolvidas. Além da falta de estrutura adequada, a quadrilha contava com profissionais sem registro, colocando em risco a saúde dos pacientes.

Os procedimentos eram realizados em salas improvisadas, mesmo quando os clientes haviam sido informados de que seriam operados em hospitais. Essa prática resultou em valores abaixo do mercado, atraindo vítimas que posteriormente denunciaram deformidades e problemas de saúde após as cirurgias.

O caso de Almir Paixão da Silveira Junior não é novidade para a polícia. Em investigações anteriores, ele foi acusado pela morte de Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida. Na época, Almir teria realizado procedimentos estéticos em mulheres na Clínica Rainha das Plásticas, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. A funkeira morreu após realizar um procedimento estético na referida clínica. 

A esposa de Almir, Rafaella Ferreira Trovão da Silveira, também foi implicada por gerir as clínicas, contratar profissionais sem registro adequado e associar-se a pessoas influentes no meio estético para cooptar vítimas. Outra mulher, Antônia Gerda Araújo Pinto, apontada como responsável por atrair clientes e indicar o serviço, também foi presa durante a operação.

Outros membros da quadrilha incluem o médico peruano Jaime Javier Garcia Caro, em situação regular no país, e o anestesista colombiano Jean Paul Perez Barraza, que, na época dos fatos, não possuía autorização para atuar no Brasil.

A clínica Iguaçu Plástica Day, a qual Almir Paixão é propietário, já chamou a atenção das autoridades em outro momento. Em novembro de 2023, a delegacia do consumidor interditou o local após flagrar irregularidades durante uma operação, resultando na prisão da dupla estrangeira.

Os cinco suspeitos foram conduzidos para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio, onde aguardam os desdobramentos do caso.

< Nova namorada de Sérgio Cabral abre o jogo sobre a relação Tiroteio deixa quatro suspeitos mortos e PM ferido em Niterói <