Polícia

Empresa de hemodiálise é ouvida sobre incêndio em hospital de SG

Acidente no hospital deixou um morto e três feridos Foto: Pedro Conforte

O incêndio no Hospital e Clínica São Gonçalo, que resultou na morte de uma pessoa e outras três feridas na véspera de Natal (24), ganhou uma nova linha de investigação da Polícia Civil, após ouvir a empresa terceirizada que presta serviços de hemodiálise para a unidade.

Segundo o delegado titular da Delegacia do Mutuá (72ª DP), Allan Duarte, responsável pelo caso, o laudo pericial do Polícia Científica deve ficar pronto já na próxima segunda-feira (11) e será fundamental para esclarecer a dúvida sobre o incêndio. A informação inicial, dada por testemunhas, era de que o fogo teria começado a partir de uma falha do aparelho de ar-condicionado.

Na manhã desta quarta-feira (6), a médica nefrologista e a técnica de enfermagem, responsáveis pelo paciente que morreu e pela máquina utilizada no setor afetado pelo incêndio, prestaram depoimentos na distrital. De acordo com a polícia, ambas são contratadas da empresa terceirizada.

A técnica, inclusive, a aparece em uma das imagens das câmeras de segurança colhidas pelas investigações, deixando o setor atingido pelo fogo pouco antes do acidente. Segundo o delegado, o depoimento foi esclarecedor para entender melhor como tudo aconteceu, mas reitera que ainda não é possível descartar nenhuma linha de investigação.

"A enfermeira disse que momentos antes do incidente sentiu um cheiro de fumaça esquisito, comentou com um funcionário do hospital e se deslocou até outro setor para sanar esse problema. Ela disse que quando retornou, já viu um médico usando extintor de incêndio"

O médico em questão, de acordo com Duarte, já foi intimado e deve prestar esclarecimentos ainda esta semana. A técnica de enfermagem deixou a delegacia acompanhada do advogado da empresa terceirizada e ambos não quiseram prestar esclarecimentos à reportagem.

Caso

O incêndio aconteceu na tarde do dia 24 de dezembro e atingiu no 5º andar, onde funciona o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) — dedicado a pacientes com Covid-19 — do Hospital e Clínica São Gonçalo, no Centro. O incidente causou a morte de um paciente, identificado como Carlos dos Santos, de 62 anos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi carbonizada nas chamas. Outras três pessoas também ficaram ficaram feridas.

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