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    Investigação

    Empresa responsável por contaminar Rio Guandu é identificada

    A indústria negou a informação divulgada pela Polícia Civil

    Publicado 29/08/2023 às 19:07 | Atualizado em 29/08/2023 às 20:47 | Autor: Enfoco
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    Rio Guadu amanheceu cheio de espuma na segunda-feira (28)
    Rio Guadu amanheceu cheio de espuma na segunda-feira (28) |  Foto: Reprodução

    A Polícia Civil identificou, nesta terça-feira (29), a empresa responsável por despejar o detergente que contaminou o Rio Gandu, na madrugada de segunda-feira (28). Trata-se da Burn Industria e Comércio LTDA, localizada no Parque Industrial de Queimados, na Baixada Fluminense.

    A empresa é responsável pela produção de cosméticos, produtos de perfumaria, de higiene pessoal, sabões, detergentes sintéticos e desinfestantes domissanitário. Segundo o site "G1", a empresa pode ser multada em até R$ 50 milhões.

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    Ainda segundo o portal, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente local e o Inea estiveram na empresa para apurar a denúncia do descarte irregular de produtos químicos. No entanto, não foi constatados problemas, apenas documentações vencidas.

    Com a poluição do rio, a Cedae precisou interromper a operação da Estação de Tratamento de Água do Guandu. A medida foi tomada para garantir a segurança hídrica da população atendida pelo Sistema Guandu. Ainda segundo a Cedae, cerca de 0,6 miligramas por litro do sulfactante foram detectados na água, o que gerou o alarde.

    Após 14 horas de paralisação, a Cedae voltou, na noite de segunda-feira (28), a realizar a operação Estação de Tratamento de Água do Guandu. No entanto, a empresa afirmou que a distribuição pode demorar até 72 horas para normalizar.

    A operação só foi reiniciada após técnicos da unidade confirmarem, por meio de monitoramento e análises laboratoriais, que não havia mais risco de alterações na qualidade da água tratada.

    A Cedae informou ainda que a água com surfactante não foi, em momento algum, distribuída para a população. Assim que foi constatada a presença do composto na água, a captação foi interrompida, e a água que já estava no interior da estação foi descartada.

    A Burn esclareceu, em nota, que não há relação entre a sua fábrica de Queimados, na Baixada Fluminense, e a presença de material químico na bacia do Rio Guandu. 

    "A unidade opera com tecnologia de ponta e de padrão internacional, seguindo os mais rigorosos procedimentos de controle, onde o manuseio da matéria-prima é automatizado e em ambiente de circuito fechado, ou seja, sem qualquer escoamento ou ligação com a rede pluvial. Além disso, tem todas as licenças necessárias e destinação ambientalmente correta de seus resíduos, estando sob monitoramento e controle permanentes dos órgãos ambientais competentes. Cabe ressaltar que a fábrica está a 11 quilômetros de distância do sistema do Guandu seguindo o fluxo do rio, e adota uma série de iniciativas sustentáveis, como sistema de reuso de água da chuva, iluminação por fontes renováveis e selo EU Reciclo. A empresa também contratou laboratório especializado para coleta e análise da água e está colaborando com as investigações, à disposição das autoridades", diz a nota. 

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