Desespero

Entregador é acusado de furto e tenta provar inocência em Niterói

Caso tramita na Justiça; Arthur teve a conta bloqueada no Rappi

Arthur trabalha como nutricionista mas complementa a renda trabalhando como entregador
Arthur trabalha como nutricionista mas complementa a renda trabalhando como entregador |  Foto: Arquivo Pessoal
 

O entregador Arthur Soares, de 32 anos, alega que foi acusado de furto injustamente pelo aplicativo de entregas Rappi. Segundo o trabalhador, que reside no bairro Engenhoca, em Niterói, mesmo com todos os registros que provam sua inocência, a plataforma o bloqueou e descontou o valor da mercadoria de seu saldo.

O caso aconteceu no dia 21 de junho. Arthur foi até a um supermercado no Largo do Barradas, em Niterói, para retirar as mercadorias. Ao se dirigir para o bairro Sapê, onde a entrega foi solicitada, o comprador não apareceu para pegar os produtos.

Foi então que o Arthur tentou entrar em contato com o suporte e retornou ao mercado para fazer a devolução das compras, no valor de R$183,74. 

"Chegando no local do destino, buzinei, chamei, ninguém atendeu. Uma pessoa gritou mandando eu sair que era propriedade privada, eu sai. Falei com o suporte, pedi ajuda, fiz todos os procedimentos, eles só se preocuparam com a entrega. Como não entreguei, descontaram do meu valor que tinha a receber. Ainda fiquei com saldo negativo e me bloquearam", explica.

Todo o processo de devolução das compras foi registrado em formato de vídeo pelo Arthur, que trabalha como nutricionista, mas faz bicos de entregador para complementar a renda em casa. Agora, tudo que ele quer é poder voltar a fazer as entregas.

Eu não sou ladrão, sou trabalhador Arthur Soares, motoboy
  

"Isso está impactando em minhas finanças, eu estou com vergonha de ir no mercado, eles foram bacanas comigo e não tiveram culpa alguma. Me deram um voucher no valor que o Rappi descontou de mim. Eles [Rappi] querem que eu pague para voltar a rodar na plataforma, um dinheiro teoricamente furtado", lamenta.

Arthur fez um registro de ocorrência online e o caso tramita na Justiça. Uma audiência está marcada para acontecer no mês que vem. Procurada, a plataforma de entrega ainda não retornou sobre o caso.

A delegacia solicita que a vítima vá até a unidade policial e apresente mais informações para esclarecimento dos fatos.

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