Calígula

Ex-chefe de investigação de Adriana Belém é alvo de operação

Jorge Camilo cumpre prisão domiciliar por ligação com a milícia

Rio de Janeiro - Pelo segundo dia consecutivo o Ministério Público do Rio está nas ruas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra membros de uma rede de jogos de azar comandada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo ex-PM Ronnie Lessa. Na terça-feira, foram presas onze pessoas, entre elas os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém. 

Na segunda parte da Operação Calígula, os agentes estão em 19 endereços ligados aos denunciados. O inspetor de Polícia Civil Jorge Luiz Camilo Alves e outro policial civil também são alvos da operação desta quarta. 

Camilo atuou como chefe do Grupo de Investigação Complementar (GIC) da delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP). Ela foi preso em 2021, acusado de envolvimento com a milícia. Atualmente o investigador cumpre prisão domiciliar. 

Entenda 

Os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém são investigados pelo Ministério Público do Rio por ligação com o contraventor Rogério de Andrade e com o ex-PM Ronnie Lessa, réu no assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. 

De acordo com a denúncia, os dois policiais facilitavam a ação do grupo que comanda jogos de azar em bairros da Zona Oeste do Rio e em outros estados. Para o MP, policiais civis e militares davam cobertura ao bando. 

Cipriano e Belém foram presos nesta terça, no primeiro dia da Operação Calígula. No apartamento da delegada os agentes encontraram quase R$ 2 milhões em dinheiro. 

O Ministério Público denunciou mais de 30 pessoas. 

Uma hipótese levantada pelo MP é de que a morte da vereadora Marielle Franco tenha sido encomendada por Rogério de Andrade. O contraventor segue foragido e teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol. 

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