Busca e apreensão

Ex-pastor e empresário lucraram mais de R$ 200 milhões com golpes

Investigação está sendo realizada pela 76ª DP

Nove mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos em endereços nobres de Niterói; em São Gonçalo; na Barra da Tijuca; Recreio dos Bandeirantes e no Itanhangá.
Nove mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos em endereços nobres de Niterói; em São Gonçalo; na Barra da Tijuca; Recreio dos Bandeirantes e no Itanhangá. |  Foto: Marcelo Tavares
 

Um ex-pastor evangélico e o dono de uma empresa de criptomoedas são alvos de mandados de prisão pela Polícia Civil, nesta manhã de segunda-feira (4). 

Sócios, eles são acusados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e crime contra a economia popular. As penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão.

São alvos dos mandados de prisão  temporária expedidos pela 4ª Vara Criminal de Niterói:

- O empresário Sadraqui de Freitas, de 30 anos;

- O ex-pastor evangélico Nathan Assis de Oliveira, de 32 anos;

Investigações apontaram que os dois sócios da empresa Alpha Consultoria, com sede no Centro de Niterói, movimentaram mais de R$ 200 milhões em contas bancárias particulares, com as práticas dos crimes. 

Outros nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos desde às 6h na Operação Aryan. A ação é fruto de investigação da 76ª DP (Niterói). Até às 7h não haviam presos. 

As investigações apuraram a atuação da associação criminosa, responsável por causar prejuízo financeiro em milhares de investidores.

Tudo acontecia por intermédio de uma empresa que oferecia mediação de investimentos em criptomoedas com a promessa de entregar rendimentos de até 30% ao mês. 

A Polícia Civil informou ao ENFOCO que eles são, respectivamente, o CEO e o sócio da empresa Alpha, que funcionava em Niterói, mas tinha abrangência em todo Brasil. 

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços nobres de Niterói; em São Gonçalo; na Barra da Tijuca; Recreio dos Bandeirantes e no Itanhangá.

Em Niterói, policiais tentaram encontrar os acusados em Piratininga, na Região Oceânica; e no Ingá, na Zona Sul. Mas sem sucesso. 

Policiais da Delegacia do Centro (76ª DP) estiveram presentes em um prédio do bairro Ingá. |  Foto: Marcelo Tavares
 

De acordo com as investigações, a empresa Alpha, que foi aberta em fevereiro de 2021, começou a atrasar o pagamento dos rendimentos dos clientes cerca de dois meses após.

A justificativa era de que uma grande Exchange, corretora de criptomoedas, onde eram realizadas as supostas operações da Alpha, havia efetuado o bloqueio das contas da empresa indiscriminadamente. 

Após solicitarem informações, os investigadores disseram que receberam resposta oficial da Exchange esclarecendo que as contas vinculadas à empresa, como também aos seus sócios, nunca foram bloqueadas, havendo, inclusive, um alto valor disponível para saque na conta da empresa.

“Paralelamente a isso os agentes identificaram que em poucos meses os dois sócios movimentaram mais de R$ 200 milhões de reais em suas contas bancárias particulares, o que apontou para a prática de um clássico golpe financeiro”, disse a Polícia Civil.

Sadraqui possui 30 anotações criminais por estelionato, organização criminosa, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular, informou a Polícia Civil.

Já seu sócio, Nathan, possui 24 anotações pelos mesmos crimes. Apesar disso eles nunca haviam sido presos.

A Operação Aryan faz referência a uma cidade no Egito onde se localiza uma misteriosa Pirâmide em ruínas.

Logo Enfoco

Ezequiel Manhães

Compromisso social através da informação e fiscalização do poder público, sempre dentro dos pricípios universais da justiça e da democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação.

< Bolsonaro quer estradas do Rio liberadas ainda neste domingo Viúva da Mega-Sena não terá direito à herança de empresário <