Frustração

Família de bebê que morreu queimada em Niterói luta por justiça

Depois de três anos, foi realizada 1ª audiência nesta terça

Enfermeira não esteve presente em audiência no Fórum
Enfermeira não esteve presente em audiência no Fórum |  Foto: Lucas Alvarenga

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de Niterói, participou, nesta terça-feira (19), da primeira audiência de julgamento da técnica de enfermagem denunciada pela morte de uma bebê de 6 meses no Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, no dia 18 de agosto de 2020. A mãe, o pai e a avó materna da criança expressaram, no entanto, sua frustração diante do longo tempo para um desfecho do caso. 

O MPRJ acusa Mariana de Souza pelo crime de homicídio culposo qualificado, por não ter observado o cuidado e regra técnica da profissão, agindo de forma negligente. A enfermeira acusada de causar a morte do bebê não esteve presente na audiência destinada à investigação do crime. Sua defesa apresentou um atestado médico como justificativa para a sua ausência. Como resultado, a audiência foi remarcada para o dia 10 de outubro, às 13h30.

A avó da bebê, Adilene, lamentou a situação. "Estamos muito tristes, pois mais uma vez foi adiado o nosso sentimento de justiça. Achamos que hoje (terça) nós teríamos dado um grande passo para isso, mas não aconteceu".

Mesmo sem a presença da enfermeira, os pais e a avó da criança optaram por prestar depoimento perante o juiz. Eles reiteraram que a bebê foi internada no hospital em 20 de agosto de 2020, devido a um quadro de pneumonia.

Na época do caso, a mãe da criança, Luara dos Santos, de 26 anos, explicou que sua filha já havia enfrentado várias internações desde o nascimento, devido a uma meningite, além de ter sido diagnosticada com microcefalia.

De acordo com a Promotoria, Mariana faltou com o devido cuidado de checar a temperatura da água, que estava excessivamente quente, antes de imergir a criança para o banho. A imersão provocou queimadura em segundo grau em toda a parte inferior do corpo e na barriga (área equivalente a 37,5% do corpo), lesões que contribuíram de forma direta para a sua morte.

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