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    Frustração

    Família de bebê que morreu queimada em Niterói luta por justiça

    Depois de três anos, foi realizada 1ª audiência nesta terça

    Publicado 19/09/2023 às 22:01 | Autor: Enfoco
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    Enfermeira não esteve presente em audiência no Fórum
    Enfermeira não esteve presente em audiência no Fórum |  Foto: Lucas Alvarenga

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de Niterói, participou, nesta terça-feira (19), da primeira audiência de julgamento da técnica de enfermagem denunciada pela morte de uma bebê de 6 meses no Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, no dia 18 de agosto de 2020. A mãe, o pai e a avó materna da criança expressaram, no entanto, sua frustração diante do longo tempo para um desfecho do caso. 

    O MPRJ acusa Mariana de Souza pelo crime de homicídio culposo qualificado, por não ter observado o cuidado e regra técnica da profissão, agindo de forma negligente. A enfermeira acusada de causar a morte do bebê não esteve presente na audiência destinada à investigação do crime. Sua defesa apresentou um atestado médico como justificativa para a sua ausência. Como resultado, a audiência foi remarcada para o dia 10 de outubro, às 13h30.

    A avó da bebê, Adilene, lamentou a situação. "Estamos muito tristes, pois mais uma vez foi adiado o nosso sentimento de justiça. Achamos que hoje (terça) nós teríamos dado um grande passo para isso, mas não aconteceu".

    Mesmo sem a presença da enfermeira, os pais e a avó da criança optaram por prestar depoimento perante o juiz. Eles reiteraram que a bebê foi internada no hospital em 20 de agosto de 2020, devido a um quadro de pneumonia.

    Na época do caso, a mãe da criança, Luara dos Santos, de 26 anos, explicou que sua filha já havia enfrentado várias internações desde o nascimento, devido a uma meningite, além de ter sido diagnosticada com microcefalia.

    De acordo com a Promotoria, Mariana faltou com o devido cuidado de checar a temperatura da água, que estava excessivamente quente, antes de imergir a criança para o banho. A imersão provocou queimadura em segundo grau em toda a parte inferior do corpo e na barriga (área equivalente a 37,5% do corpo), lesões que contribuíram de forma direta para a sua morte.

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