Relato forte

Família quer justiça pela morte de menino no Complexo do Chapadão

Além de Samuel, 11 anos, irmã de 19 também foi morta a tiros

Mãe biológica de Lohan disse que quer uma resposta do Estado para a morte do menino
Mãe biológica de Lohan disse que quer uma resposta do Estado para a morte do menino |  Foto: Péricles Cutrim
 

“Quanto vale a vida do meu filho? O meu filho não vai mais voltar. Cadê a lei? Cadê a Justiça?". O forte relato é de Amanda Nunes, mãe biológica de Lohan Samuel Nunes Dutra, de 11 anos, que morreu baleado no último domingo (30), no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio. O corpo do menino foi enterrado no Cemitério do Irajá, na tarde desta terça-feira (2).

Além de Lohan, o corpo da sua irmã, Kailany Vitória Fernandes Balduíno, de 19, também foi sepultado. Pelo menos 100 pessoas, entre amigos e familiares das vítimas, estiveram no mesmo local para se despedir. 

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Amanda também relatou que seu filho teve um sonho especial interrompido.  “Meu filho torcia para o Botafogo e tinha o sonho de ser um jogador de futebol. Era uma criança muito animada e não tinha maldade. Sou mãe solo e perdi ele assim", disse em relato comovente.

A imprensa não pode acompanhar a cerimônia de sepultamento, mas segundo relatos, foi cercado de muita emoção, além de ser feita uma oração. A mãe de Kailany  passou mal e desmaiou, precisando ser amparada. Em seguida, muitas homenagens foram feitas, como fortes aplausos.

A mãe de Kailany passou mal e precisou ser amparada
A mãe de Kailany passou mal e precisou ser amparada |  Foto: Péricles Cutrim
 

Nas camisetas dos familiares, além da foto das vítimas, havia a frase “Saudades Eternas” e os dizeres “Se há algum conforto na morte de alguém que amamos é o de saber que a pessoa está indo pra um lugar onde não há tristeza, maldade e dor. Fiquem em paz. Amamos vocês”.

Indignada com a morte de seu filho, Amanda também aproveitou para criticar o Governo do Estado, do qual espera uma solução para o caso.

“Eu quero uma resposta do governador (Cláudio Castro). Quero saber o que que houve com meu filho. Quero justiça, porque acabei de ver meu filho dentro de um caixão. Vou continuar esperando uma resposta. As autoridades vão ter que dar”, finalizou. 

A PM afirmou que não havia nenhum tipo de operação na região no momento em que as vítimas foram alvejadas pelos disparos.

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