Comoção

Familiares e amigos se despedem de advogado morto no Centro do Rio

Enterro aconteceu nesta segunda no Cemitério do Caju

Victor havia acabado de passar na primeira fase da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Victor havia acabado de passar na primeira fase da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) |  Foto: Marcelo Tavares
 

O corpo do advogado Victor Stephen Coelho Pereira, de 27 anos, morto a facadas durante um assalto no Centro do Rio, foi sepultado no final da manhã desta segunda-feira (25) no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, no Caju, na Região Portuária. Centenas de pessoas prestaram as últimas homenagens ao jovem que teve o corpo velado na capela 4.

Victor havia acabado de passar na primeira fase da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A professora Alexandria Alexim definiu o ex-aluno como uma pessoa gentil.

"Foi um crime bárbaro. Ele morreu justamente como vítima da violência. Cada dia que passa nós ficamos mais revoltados com essa situação. Uma pessoa jovem no início de carreira, tinha um futuro brilhante pela frente como advogado, como pesquisador. Ele sempre foi muito gentil, educado, carinhoso, ele era querido por todos", disse.

Victor se formou no curso de bacharel em Direito no ano de 2020 pela Universidade Cândido Mendes. Atualmente trabalhava como assistente jurídico em um escritório de advocacia. Victor morava em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

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A vítima morreu após ter sido esfaqueada quando deixava uma festa na Praça da República. O crime ocorreu na madrugada do último sábado (23). A carteira e o celular dele foram roubados. O corpo de Victor foi encontrado por policiais militares do 5º BPM, perto da Estação Saara do VLT. 

"O Centro do Rio de Janeiro vive hoje em estado de vulnerabilidade, vivemos em um abandono, sentimos falta de uma intensificação da segurança pública. A pergunta que eu faço para o governo é: até quando isso continuará? Nós nos tornamos verdadeiros berços de malfeitores. Os familiares estão muito abalados. A morte dele é uma perda enorme para o meio acadêmico e para os amigos. Ele seria um grande expoente da paz no Rio de Janeiro", disse o amigo João Chamarelli.

O advogado tem um trabalho já pronto para ser publicado. Mesmo após sua morte, a professora Alexandria garantiu que o material será divulgado. "Esse material é de grande importância e nós vamos publicá-lo", contou.

Amigos usaram as redes sociais para lamentar a morte. "Tá difícil digerir o que aconteceu. Ainda outro dia você estava aqui em casa, todo feliz por ter passado na OAB. É esta lembrança que vou guardar de você [sic]", dizia um amigo. "Ele sempre foi um excelente acadêmico, um aluno brilhante em toda a academia. Recentemente nós estávamos analisando a publicação da monografia dele em várias revistas de artigos científicos", dizia outro comentário.

A morte está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Imagens de câmeras de segurança podem ajudar os investigadores a identificar o autor do crime.

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