Funcionário público é detido ao chamar mulher de 'Macaca preta' em Niterói

Um servidor público, que não teve a identidade revelada pela polícia, foi levado para a delegacia acusado de injúria racial contra uma funcionária da Niterói Prev nesta quinta-feira (25), no Centro de Niterói. Pela denúncia, o acusado teria chamado a funcionária de "Macaca preta" na sede da instituição. A ofensa foi flagrada por outras pessoas que estavam no local e homens da Guarda Municipal.

Segundo a polícia, o ataque ocorreu por volta de 16h50, durante um atendimento na tarde de quinta. De acordo com testemunhas, o rapaz apresentava comportamento agressivo, falava muito alto e ofendia a funcionária, que chorava muito. Nesse momento os guardas presentes teriam se atentado ao ocorrido, foi quando o acusado teria praticado o crime de injuria racial contra a vítima. Os guardas deram voz de prisão e ele acabou conduzido após o flagrante para a Delegacia do Centro (76 DP).

Ainda de acordo com a polícia, durante a ocorrência a mulher agredida estava muito traumatizada, devido aos ânimos exaltados do agressor. A vítima precisou ser acalmada por agentes da Guarda.

Junto com o acusado também foram levados à distrital a vítima e outras duas testemunhas. Todos foram conduzidos ao local por agentes do Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói (CISP).

Casos de injuria racial são semelhantes ao crime de racismo. A injúria consiste em ofender a honra de alguém referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. Nesse caso o alvo é uma única pessoa. O caso de racismo é mais amplo e envolve a coletividade. O crime está previsto no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal e a pena de reclusão pode ser de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência.