Investigação

Galerista morto no Rio já teria se encontrado com suspeito preso

Brent Sikkema foi assassinado com 18 facadas

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|  Foto: Reprodução

O galerista americano Brent Sikkema conhecia o principal suspeito pela própria morte, o cubano Alejandro Triana Tevez, preso na manhã desta quinta-feira (18). Segundo as investigações, os dois teriam se encontrado em julho de 2023, no Rio de Janeiro, conforme relatos de testemunhas.

As informações foram dadas pelo titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Alexandre Herdy, no início da tarde desta quinta-feira (18), durante coletiva de imprensa.

"Não era encontro de trabalho, mas não temos informações se seria um encontro íntimo", frisou.

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Brent foi morto em sua residência no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, na última segunda-feira (15), com 18 facadas. O corpo da vítima foi encontrado em casa, por uma funcionária do galerista. Brent tinha adquirido um apartamento no Leblon e mantinha o dinheiro em casa para a compra de móveis.

De acordo com a Polícia Civil, havia 18 perfurações de faca no tórax e no rosto da vítima.

"O crime foi premeditado. [Foram roubados] entre US$ 30 e US$ 40 mil, além de R$ 30 mil, objetos e joias da vítima", disse Felipe Curi, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa.

Polícia Civil faz coletiva após prisão de suspeito pela morte de Brent Sikkema
Polícia Civil faz coletiva após prisão de suspeito pela morte de Brent Sikkema |  Foto: Lucas Alvarenga

Detalhes do crime

“Alejandro veio de São Paulo e esperou mais de 12 horas para entrar na casa da vítima. Em seguida, ele abriu a porta, não houve arrombamento e ficou por cerca de 15 minutos no local. Alejandro efetuou 18 facadas no tórax e no rosto da vítima e subtraiu entre 30 e 40 mil dólares, mais R$ 30 mil, objetos e itens de valor da vítima. Depois, Alejandro voltou para o carro e retornou para São Paulo”, detalhou Felipe Curi.

O carro utilizado pelo criminoso no crime foi descartado, e Alejandro adquiriu outro veículo, usado no seu deslocamento entre as cidades. Alejandro é cubano, assim como o ex-marido de Brent. Eles estavam passando pelo processo de divórcio e têm um filho juntos. Tanto o ex-marido da vítima quanto Alejandro se conheciam.

“Após o crime, o acusado ainda manteve o ar-condicionado da casa ligado para postergar os efeitos da morte e chamar menos atenção, já que ali as casas são juntas”, contou o delegado Alexandre Herdy.

A polícia acredita que Alejandro tenha sozinho, já que as imagens mostram apenas ele no carro.

“Não há nenhuma dúvida de que o crime foi premeditado. O que temos dúvida é se o objetivo do Alejandro era roubar ou tinha algum outro motivo. O que nos causa estranheza é que o acusado deixou um celular caro ao lado do corpo da vítima, talvez por saber que poderia ser rastreado, mas não sabemos”, afirmou Herdy.

Alexandre usou o carro de um amigo de São Paulo quando cometeu o crime, tendo ele dito que realizaria uma entrega e, por isso, pediu o veículo emprestado. O carro que ele comprou após o crime pode ter sido financiado com parte do dinheiro roubado da vítima.

As investigações começaram com a identificação da placa do carro utilizada no crime. A dona do carro era uma mulher que indicou que quem usava o veículo era seu filho, que, por sua vez, disse que havia emprestado o veículo a Alejandro. A partir daí, a polícia conseguiu identificá-lo e iniciar as investigações.

Prisão

Alejandro Triana Tevez foi localizado em um posto de gasolina entre as cidades de Uberaba e Uberlândia, no estado de Minas Gerais, nesta quinta-feira (18). Ele estava dormindo, dentro de um carro. 

Ele foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Rodoviária Federal. A audiência de custódia será em Uberaba.  Alejandro estava no país desde 2022 quando pediu refúgio. Ele não estava no país de forma ilegal. Após ser preso, ele negou envolvimento no crime.

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