Bárbaro
Homem é morto a pedradas e com água fervente na Baixada
Companheira foi presa em flagrante por homicídio
Bruno Machado Marino, de 39 anos, morreu após ser atacado em sua casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após receber pedradas na cabeça e ter água fervente jogada sobre seu corpo. A mulher dele foi presa em flagrante, suspeita de cometer o crime por ciúmes.
Bruno, que era técnico de iluminação do Teatro Raul Cortez desde a inauguração em 2006, foi levado em estado grave ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. Ele sofreu queimaduras em 76,5% do corpo, incluindo face, tronco, membros superiores e coxa direita, e não resistiu, falecendo nesta quarta-feira (13), após uma parada cardiorrespiratória.
De acordo com a 60ª DP (Campos Elíseos), a mulher teria colocado calmantes em uma xícara de café antes de servir a bebida ao companheiro. Após dopá-lo, ela o atacou com pedradas na cabeça e derramou água quente sobre ele.
A autora foi presa em flagrante no sábado (9), quando o crime foi cometido, inicialmente por tentativa de homicídio qualificado. Após o óbito, a acusação foi atualizada para homicídio, e o caso foi encaminhado à Justiça.
Comoção no meio artístico
A morte de Bruno causou comoção entre amigos e profissionais do teatro. Muitos usaram as redes sociais para prestar homenagens ao técnico de iluminação, lembrado por sua contribuição ao cenário artístico e sua convivência no Teatro Raul Cortez.
O ator Alcemar Vieira, conhecido por sua participação em produções como "Confissões de uma Garota Excluída" (2021) e "Nos Tempos do Imperador" (2021-2022), expressou sua tristeza. “Que notícia mais inesperada e triste. Muito triste. Força e luz pra família e amigos”, escreveu.
O musicista Rodrigo Varanda ressaltou a importância de Bruno para sua trajetória. “Tive o prazer de dizer 'tete' a 'tete' como ele foi decisivo em meu trabalho. Uma alma linda que certamente foi fundamental na realização de muitos outros produtores. Senti bem forte essa notícia”, afirmou.
Vanessa Souza, coreógrafa, também homenageou o colega. “Tudo que sei hoje de iluminação cênica eu devo ao Bruno. Nossa, nem sei como falar a dor que estou sentindo nesse momento”, escreveu.
A pedagoga Renata Oliveira destacou o caráter generoso do profissional. “O Bruno foi uma das melhores pessoas com quem já trabalhei! Um menino com coração lindo, trabalhador, amigo. Um dia de muita tristeza, mas também de choque e revolta profundas”, declarou.
Lizzie, do grupo independente Nextar, relembrou a convivência com Bruno. “A sensação de ler essa notícia é triste, quase inacreditável! Mas as lembranças que ficam são do privilégio de ter conhecido esse cara carismático e prestativo”, escreveu.
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