Crime Bárbaro

Idosa milionária cai em golpe de quadrilha e é assassinada no Rio

Grupo era especializado em roubar idosos ricos

Sônia foi enganada por um quadrilha que a mantinha em cárcere privado por, pelo menos, três semanas
Sônia foi enganada por um quadrilha que a mantinha em cárcere privado por, pelo menos, três semanas |  Foto: Reprodução
 

Uma professora aposentada, de 72 anos, foi assassinada por uma quadrilha especializada em roubar idosos ricos. Sônia Maria da Costa morava em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, e era dona de mais de 20 imóveis na região, além de ser herdeira de uma propriedade rural em Portugal e cerca de R$5 milhões em contas bancárias. O Caso aconteceu no final de 2020 e foi revelado pelo Fantástico neste domingo (15).

Sônia foi enganada pelos criminosos que a mantiveram em cárcere privado por, pelo menos, três semanas. A mulher era diariamente dopada, até falecer pouco tempo depois. 

De acordo com as investigações, tudo começou após uma nova inquilina se mudar para perto da casa de Sônia. Ela começou a se aproximar da idosa, ganhando confiança, até frequentar constantemente a casa da aposetanda. Segundo o inquérito, a mulher fazia parte da quadrilha.

Idosa foi enganada pelos criminosos que a mantiveram em cárcere privado por, pelo menos, três semanas
  

Junto com os outros criminosos, a mulher começou a dopar a aposentada. Foi neste período que os saques e transferências bancárias começaram a ser realizados pela quadrilha.

O caso foi notado pela primeira vez após os vizinhos de Sônia presenciarem a desmaios durante uma conversa sobre contratos de aluguel. A acusada então, já bem íntima, ofereceu ajuda e disse que levaria a idosa até o hospital. Os vizinhos ficaram desconfiados ao perceberem que a nova inquilina tinha acesso total à casa da aposentada. 

No hospital, a equipe médica disse que a idosa estava saudável, mas apresentava sinais de desorientação. Já em casa, a aposentada informava não se lembrava de muita coisa dos últimos dias, somente de assinar alguns papéis, mas não sabia informar quais e nem sobre o que eram. Logo após o episódio, os vizinhos não viram mais Sônia.

Através de um comunicado, os inquilinos da aposentada foram informados que os negócios seriam administrados por um escritório de advocacia. A justificativa que foi dada era de que Sônia estava viajando. Quem comandava o escritório era o advogado da quadrilha, que segundo a polícia tinha comprado, recentemente, um carro conversível no valor de R$200 mil.

Suspeitando da ação, os inquilinos acionaram a polícia que, dando início às investigações, observaram que os patrimônios da idosa estavam aos poucos desaparecendo. Em sua conta bancária, saques com valor em mais de R$800 mil estavam registrados. O cofre que ela mantinha em casa estava vazio.

Os agentes acrescentaram que a idosa foi levada para um apartamento em Copacabana, Zona Sul do Rio, onde ficou em cárcere privado e, por fim, foi dopada até a morte. Na tentativa de esconder o corpo, a quadrilha enterrou a mulher com outro nome, no cemitério do Caju, Zona Norte do Rio. Após exumação, a polícia concluiu que o cadáver enterrado era da idosa. 

Três dos integrantes da quadrilha foram presos, o advogado, a inquilina, e outra mulher acusada de ser uma das chefes do grupo. Os criminosos vão responder por extorsão com resultando em morte.

Através de nota, o advogado informou ao Fantástico que as acusações contra ele são insustentáveis e que ainda acrescentou que sua defesa irá provar inocência. O advogado de uma das mulheres conseguiu a revogação da prisão preventiva e afirma que ela é inocente.

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