Tragédia

Idosa morta durante roubo no Rio queria deixar cidade

Alair Barbosa bateu a cabeça após cair no domingo em Copacabana

Alair gostava de viajar
Alair gostava de viajar |  Foto: Rede social
  

A idosa Alair Barbosa Meireles, de 72 anos, queria se mudar do Rio por conta da violência. Ela foi morta após, segundo testemunhas, ter sido empurrada por criminosos em um roubo no domingo (16), em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Os colares dela e das amigas que a acompanhavam foram roubados pela dupla de bandidos. Um deles chegou a ser detido, mas foi liberado. 

O corpo dela está no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, nesta manhã de terça-feira (18). O sepultamento vai ocorrer na próxima quarta-feira (19). 

O genro dela, o enfermeiro e professor titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Roberto Carlos Lyra da Silva, contou ao ENFOCO sobre como era a sua relação com a sogra. 

“Ela falava que eu era como um filho pra ela. A Alair teve duas filhas mulheres e uma está vindo da Alemanha para o enterro da mãe, então, ela dizia que eu era o filho homem que ela não teve. Há familiares dela em outros estados do país, como no Nordeste. Ela era excepcional, uma pessoa incrível, exemplo de pai e mãe para as filhas dela. Ela deixa seis irmãos, duas filhas e duas netas. Soube viver a vida”, afirmou ele que tem 53 anos. A idosa, que é enfermeira aposentada Enfermeira pelo Ministério da Saúde, morava na Praia de Botafogo. 

'Pessoa incrível', disse o genro
'Pessoa incrível', disse o genro |  Foto: Marcelo Tavares
     
Estava vivendo o melhor da vida. Viajava de seis em seis meses. Fez um cruzeiro internacional nos últimos dias e voltou no dia 8. No dia seguinte, foi aniversário dela e comemoramos com a família e as amigas que estavam com ela no momento do roubo. Elas eram muito unidas. Quando ela voltou desse Cruzeiro, ela disse que essa seria a última viagem dela, foi até estranho, porque ela disse que queria curtir a casa dela agora Roberto Carlos Lyra da Silva, genro
 

Isabella Barbosa Meireles, enfermeira e filha da idosa, falou que ela e a mãe desejavam se mudar do Rio por causa da violência. “Minha mãe se cuidava demais, gostava de viajar, estar com os amigos e família. Ela se cuidava demais para viver isso. Ela era caridosa, ajudava todo mundo, já pegou um mendigo na rua para dar banho. Tinha medo de assalto, não andava com celular com aplicativo do banco por ter medo de assalto, ela não andava com joia e eu até tenho dúvida se o cordão que estava com ela era de ouro por isso. Queria ir embora do Rio e nossa promessa é que quando nós nos aposentássemos íamos levar ela para longe daqui. Tudo por causa da violência, nós nem saímos de noite. Se sentia segura fora do Rio”, afirmou ela.  

O caso 

Familiares da idosa estiveram no IML
Familiares da idosa estiveram no IML |  Foto: Marcelo Tavares
  

Roberto contou que a sogra tinha o costume de andar com as amigas pela praia. Por volta das 16h30 de domingo (16), elas estavam passeando pela orla da Praia de Copacabana quando tudo aconteceu. 

“Roubaram a amiga, puxaram o cordão dessa amiga e quando foram pegar o dela, ela teve reflexo e colocou a mão no cordão. Foi quando ele empurrou ela e levou a joia. A amiga dela que estava com ela foi com ela pro hospital. Os bombeiros foram acionados e, por volta das 17h30, chegamos ao hospital quase que junto com a ambulância dela”, disse ele. 

No hospital, ela estava falando coisas desconexas e tinha um hematoma na cabeça. “Ela teve uma contusão cerebral. Ela estava falando no hospital, mas coisas desconexas”, disse ele. A idosa não resistiu e morreu no Hospital Miguel Couto, na Gávea. 

O cordão dela não foi recuperado. As duas amigas que estavam com ela já prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Um dos suspeitos do crime foi detido por populares no dia do ocorrido. O menor de 17 anos foi levado por agentes do 19º BPM (Copacabana) para a 12ª DP (Copacabana). Ele foi ouvido, mas liberado. O outro suspeito fugiu. 

O menor apreendido tinha seis anotações criminais por crimes análogos a roubo e furto. Ele já havia sido apreendido no ano passado.

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