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    Justiça

    Influenciadoras de SG que deram banana e macaco pra criança começam a ser julgadas

    O caso gerou grande repercussão nas redes sociais

    Publicado 13/03/2025 às 7:40 | Autor: Enfoco
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    Denúncia classifica atitudes das influenciadoras como forma de deboche, desrespeito e ofensa à dignidade das crianças
    Denúncia classifica atitudes das influenciadoras como forma de deboche, desrespeito e ofensa à dignidade das crianças |  Foto: Reprodução

    O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) dará início nesta quinta-feira (13) ao julgamento das influenciadoras digitais Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves, mãe e filha, acusadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) de cometerem injúria racial contra duas crianças negras em São Gonçalo, na Região Metropolitana. 

    A acusação do MPRJ envolve a gravação e divulgação de dois vídeos, realizados no primeiro semestre de 2023, onde as influenciadoras, que somam mais de 13 milhões de seguidores em uma de suas redes sociais, aparecem entregando presentes a crianças negras. No primeiro vídeo, elas abordam um menino de 10 anos, que vendia balas nas proximidades de um supermercado em Alcântara, São Gonçalo.

    Durante a gravação, Kerollen oferece ao garoto uma banana, questionando se ele preferiria R$ 10 ou o presente. O menino, ao perceber que se tratava de uma banana, reage com desdém e diz que não gostou, antes de sair andando.

    No segundo vídeo, a dupla aborda uma menina de 9 anos em Jardim Catarina, também em São Gonçalo. A influenciadora oferece à criança a escolha entre R$ 5 ou uma caixa. Ao abrir a caixa e encontrar um macaco de pelúcia, a menina aparenta gostar do presente, abraçando o brinquedo e agradecendo. Ambos os vídeos foram filmados e amplamente divulgados nas redes sociais, gerando indignação entre os seguidores e, posteriormente, uma denúncia formal ao MPRJ.

    O Ministério Público do Rio argumenta que a entrega de uma banana e de um macaco de pelúcia a crianças negras constitui um ato de injúria racial, pois remete à presunção racista de associar pessoas negras a macacos, perpetuando estereótipos prejudiciais. A denúncia também classifica as atitudes das influenciadoras como uma forma de deboche, desrespeito e ofensa à dignidade das crianças.

    O MPRJ pede a condenação das influenciadoras e requer que elas paguem uma indenização de R$ 20 mil para cada uma das vítimas, como forma de compensação por danos morais. A primeira audiência de instrução e julgamento está agendada para às 13h40 desta quinta-feira, na 1ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, no bairro de Colubandê.

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