Polícia

Jogo de interesses e mortes no Complexo do Salgueiro em São Gonçalo

Porca Russa era membro da facção criminosa há mais de 30 anos. Foto: Reprodução

Apontado como uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV), membro há mais de 30 anos, o traficante Márcio Cândido da Silva, conheido como Porca Russa, está entre as vítimas de Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, durante um conflito de interesses do tráfico de drogas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no último final de semana, segundo a Delegacia do Mutuá (72ªDP).

Porca Russa tem condenações pelos crimes de associação ao tráfico de drogas, roubo, extorsão mediante sequestro, formação de quadrilha e homicídio. Ele foi liberado da prisão para a saída do Dia dos Pais em agosto e não retornou para a cadeia. Ele cumpria regime fechado desde 1992.

De acordo com o titular da distrital, Allan Duarte, o cruzamento de informações realizado pelos policiais chegou a conclusão de que a principal motivação da insatisfação por parte de lideranças da facção criminosa com Rabicó é seria a suposta liberação, por parte do traficante, para promoção de campanha eleitoral de um candidato à Prefeitura de São Gonçalo na região.

“De acordo com o que temos de informação até agora, quatro traficantes foram mortos: Rosão, Porca Russa, Jaqueline da Balança e um segurança do Rosão. E tudo isso aconteceu após a insatisfação do Comando Vermelho com algumas atitudes do Rabicó. Uma delas é uma suposta liberação para a campanha de um policial na localidade. Seguimos apurando todos os fatos ocorridos naquela localidade, bastante conflagrada pelo crime organizado”

Ainda segundo o delegado, Rabicó teria contado com o apoio de 'crias' da localidade que abraçaram a ideia do 'patrão' e seguiram suas ordens para garantir a manutenção do controle do tráfico na localidade. A principal razão para a execução dos quatro 'rivais' seria um possível golpe de estado no Complexo do Salgueiro. Allan Duarte afirmou que a questão da localização dos corpos é difícil, já que o tráfico local se utiliza de técnicas macabras para sumir com corpos.

"O que não pode acontecer é essa limitação de operações por parte do STF que acaba prejudicando a todos, principalmente o morador de bem dessas localidades. A partir dessa 'proibição', os traficantes andam soltos nesses locais conflagrados pela bandidagem", concluiu o delegado.

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