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    Ladrões de petróleo na mira da Polícia Civil

    Organização criminosa roubava petróleo da Transpetro

    Publicado 26/07/2023 às 7:30 | Atualizado em 26/07/2023 às 7:40 | Autor: Enfoco
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    A operação também tem como objetivo identificar empresas receptadoras do produto
    A operação também tem como objetivo identificar empresas receptadoras do produto |  Foto: Arquivo/Enfoco

    A Polícia Civil cumpre, nesta quarta-feira (26), 47 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e São Paulo. Os alvos são integrantes de uma organização criminosa especializada em furto de petróleo diretamente de dutos subterrâneos da Transpetro.

    A ação é feita por agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, na "Operação Exagogi", que em grego significa "extração".

    A operação também tem como objetivo identificar empresas receptadoras que adquiriram o produto desviado clandestinamente. Agentes de delegacias especializadas do Rio de Janeiro e representantes do Ministério Público do Paraná, de São Paulo e do Espírito Santo participaram da ação.

    A investigação começou em 2019, quando os agentes receberam denúncias e informações de que três caminhões estavam circulando com óleo bruto furtado no bairro Beira da Lagoa, no município de Quissamã, Região Norte do Rio.

    Policiais militares foram ao local e localizaram duas carretas com o produto. Os motoristas confessaram o crime e informaram a localização do terceiro caminhão. Segundo a DDSD, a ação criminosa já estava sendo monitorada. Onze pessoas foram presas na ocasião. De acordo com os agentes, os caminhões apreendidos armazenavam cerca de 100 mil litros de óleo bruto.

    O trabalho de inteligência da especializada comprovou que a organização criminosa tinha uma hierarquia e divisão de tarefas estruturada. Três pessoas eram apontadas como líderes, sendo que uma cuidava da organização dos motoristas e batedores; outra tratava a logística da derivação clandestina e extração; e a terceira liderança ficava com a parte financeira e organizacional.

    A quadrilha também contava com um especialista que auxiliava os soldadores na instalação da mangueira no duto; aliciadores, que buscavam profissionais que trabalhavam, principalmente, em plataformas de petróleo; soldadores; ajudantes, responsáveis por localizar e preparar o terreno no qual seria realizada a derivação e, também, auxiliar nos engates das mangueiras e nos caminhões; pessoas que forneciam notas fiscais falsas e comercializavam o óleo bruto com receptadores; fornecedores dos caminhões, entre outros.

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