Rio de Janeiro - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou, nesta terça-feira (10), a Operação Calígula, com objetivo de desmantelar uma organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e seu filho Gustavo Andrade. As investigações apontam que o grupo é responsável por controlar uma rede de jogos ilegais. Entre os investigados está o PM reformado Ronnie Lessa, preso pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
A operação visa cumprir 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão. Até às 7h30, cinco pessoas tinham sido presas, entre elas o delegado Marcos Cipriano.
A delegada Adriana Belém também é investigada. Na casa dela, os agentes apreenderam cerca de R$ 1,2 milhão em dinheiro.
“Há elementos de prova de sua existência ao menos desde 2009, quando Ronnie, indicado como um dos seguranças de Rogério, perdeu uma perna em atentado a bomba”, descrevem os promotores.
Ainda segundo as denúncias oferecidas pelo MPRJ, Rogério e o filho, Gustavo, comandam uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros estados, que há décadas exerce o domínio de diversas localidades, fundamentando-se em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e o emprego de violência contra concorrentes e desafetos.
O MPRJ afirma que a quadrilha é “suspeita da prática de inúmeros homicídios”.
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