Investigação
Líder do tráfico no Complexo de Israel é investigado por terrorismo
Inquérito foi instaurado após mortes na Avenida Brasil
Após o episódio de terror na Avenida Brasil, na última quinta-feira (24), Álvaro Malaquias Santa Rosa, o ‘Peixão’, líder do tráfico no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, vai passar a ser investigado pelo ato de terrorismo. A Polícia Civil abriu mais um inquérito para investigar a natureza dos acontecimentos em uma das principais vias expressas do Rio.
Na ocasião, três pessoas que estavam em ônibus que passavam pela Avenida Brasil foram mortas baleadas. Segundo a Polícia Militar, criminosos a mando de Peixão foram ordenados a atirarem na direção da via, com o objetivo de tirar o foco dos agentes que realizavam uma operação no complexo de favelas.
A estratégia fez com que a PM recuasse mediante ao cenário de terror que acometeu inocentes, afirmou a porta-voz da PM, tenente-coronel Claudia Moraes.
‘’Nessa entrada da Polícia Militar, houve um forte confronto por parte desses marginais e, em um momento de reação, eles resolveram atirar na direção das vias, vindo a vitimar pessoas inocentes que não tinham qualquer relação com aquilo que estava acontecendo, levando caos e pânico. Mais uma tentativa que eles fazem para desviar o foco’’, afirmou.
Contra Álvaro Malaquias consta 20 mandados de prisão por crimes como homicídio, tortura, associação ao tráfico, roubos e ocultação de cadáver. Ele também é considerado foragido da Justiça.
Conforme a legislação brasileira, determinada pela lei nº 13.260, o terrorismo pode ser configurado a partir da ‘’prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública''.
Peixão se diz religioso, se proclamando como ''Arão'', um profeta do Deus de Israel. Ele ordenou a instalação da estrela de Davi em pontos das comunidades do Complexo de Israel, como a torre na Cidade Alta. A estrela pode ser vista a 2,5 quilômetros de distância.
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