Recuperação

Mãe de jovem queimada por amiga com água fervente faz vaquinha

Maria Eduarda tem 17 anos e ficou 20 dias internada após o crime

Jovem segue se recuperando, mas precisa de remédios e curativos
Jovem segue se recuperando, mas precisa de remédios e curativos |  Foto: Arquivo pessoal

Ainda em choque com tamanha violência, a customizadora Raquel Magni, de 33 anos, mãe da jovem Maria Eduarda Santos Moysés, de 17, que foi queimada pela amiga, está arrecadando dinheiro para custear as idas da filha ao hospital, além de alimentação, remédio e outros cuidados.

A menina teve o corpo queimado por uma panela de água fervente com óleo, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, no início de novembro. Maria Eduarda ficou 20 dias no hospital e hoje vive com curativos pelo corpo. 

A família da vítima acusa uma amiga da adolescente de ter cometido o crime. A suspeita ainda não foi localizada.

De acordo com parentes, Maria Eduarda estava na casa de um colega em comum das duas, quando tudo aconteceu.

"Essa mulher, por ciúmes de mensagens que o ex-namorado dela mandou para Maria Eduarda Santos Moysés, resolveu fazer essa crueldade. Ela premeditou fazer isso, colocou água para ferver com óleo e jogou no corpo da minha filha de 17 anos", contou Raquel Magni, de 33 anos, mãe da vítima.

A suspeita ainda fugiu do local do crime sem prestar socorro. Maria foi levada para o hospital em seguida. Primeiro, ela deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. De lá, foi transferida para o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal Pedro II. Ao todo, a vítima ficou internada por 20 dias.

Batalha

Agora, Maria Eduarda saiu da unidade de saúde e segue indo em consultas para continuar o acompanhamento de queimaduras.

"Eu comecei essa vaquinha tem três dias para que eu possa comprar os remédios da minha filha. Ela vai no médico de 2 a 3 vezes por semana. Gastamos com motorista de aplicativo, alimentação e os custos de curativo e remédios. Eu tive que parar de trabalhar depois do ocorrido para cuidar dela e para acompanhá-la no tratamento. Ainda temos as contas de casa para pagar", contou Raquel, que trabalhava com customizados de festa.

Maria Eduarda usa esparadrapo, pomada, gazes no peito, no pescoço, no rosto e no braço.

"Agora, eu só quero justiça e que minha filha volte a ser a menina alegre que era antes dessa tragédia", afirmou. Não há meta na vaquinha. Até o momento, Raquel conseguiu entre R$ 500 e R$ 600.

Maria Eduarda está se recuperando, na medida do possível, segundo a mãe. Ela vai começar a se consultar com uma psicóloga na próxima semana.

Para quem quiser ajudar com alguém valor, basta doar pelo PIX: (21) 97620-3224, em nome de Raquel Magni dos Santos.

A suspeita

Horas após o ocorrido, a suspeita ainda teria postado nas redes sociais que a vítima "vai ficar feita na foto para largar de ser safad*".

A suspeita ainda brincou com a situação: "O assunto mais comentado do Twitter sou eu, pronto, agora me chamem de Bibi Perigosa (emojis de risada)".

Em um áudio, que foi amplamente compartilhado na internet, a suspeita ainda teria contado como cometeu o crime.

"A gente tava na resenha do 'bofe'. Eu e umas amigas estávamos esperando o Uber lá fora, ela encontrou o 'bofe' lá e foi ficar com ele. Aí ele disse que qualquer coisa a gente podia ir embora que ele levava ela ou pagava o Uber. Sendo que eu estava vendo a conversa dela com [nome do homem], eu fiquei p***, aí eu não queria ir embora, porque eu queria fazer ela passar vergonha ali mesmo. Minha cumadre falou para irmos embora, mas eu decidi ir para a casa dela. Quando ela chegou lá, eu estava com a água na panela no fogo, água com óleo, eu joguei muita água, a panela estava cheia", diz trecho.

Ainda na gravação, a suspeita continua dizendo.

"Ela chegou e perguntou o que eu ia fazer, eu disse que faria macarrão. A água estava no fogo e ela desligou. Aí ela foi para a sala, eu disfarcei e liguei o fogão novamente, escondido. Quando a minha prima falou que o Uber chegou, eu peguei a panela, olhei para ela, ela não me viu com a panela na mão e eu falei: 'mona, estou fazendo isso para você não querer me fazer mais como otária, não querer me levar como otária'. Eu joguei a panela e ela gritou vaga***** e ficou se contorcendo", afirmou.

O caso segue em investigação pela 33ª DP (Realengo). Procurada, a Polícia Civil ainda não informou os detalhes do inquérito.

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