Padrastro

Mãe do acusado de agredir criança em Niterói faz apelo desesperado

Família do acusado estaria recebendo ameaças de morte

Flagrante aconteceu no hall de entrada e no elevador do prédio em Icaraí
Flagrante aconteceu no hall de entrada e no elevador do prédio em Icaraí |  Foto: Reprodução de vídeo
 

As imagens de uma criança de apenas 4 anos sendo agredida pelo padrasto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, provocaram uma onda de protestos e revolta nesta quinta-feira (15). Acontece que a mãe do acusado alega que, desde a divulgação dos vídeos nas redes sociais, vem sofrendo inúmeras ameças de morte contra ela e a família.

Se errou tem que pagar, mas querem matar meu filho, querem me matar. Estou desesperada!” Estela Pinho, mãe do acusado
 

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Ao ENFOCO, Estela Pinho disse ter visto as imagens e está ciente da investigação policial. Para ela, o filho perdeu a cabeça e 'num ato impensado' agrediu o enteado. A mãe de acusado relata que o filho perdeu o emprego e diante de tantas ameaças já não sabe mais a quem recorrer.

O acusado Victor Possobom, de 32 anos, que mantinha um relacionamento com a mãe do menor, Jéssica Jordão, também é pai de uma bebê de 1 ano, fruto da relação do casal. A criança, no entanto, está sob os cuidados da avó paterna, e justifica, por sua vez, que a criança é cuidada por ela a pedido da própria mãe.

Estela faz uma série de acusações contra Jéssica, inclusive alertando para transtornos psicológicos e necessidade de tratamento médico.

Questionada sobre a acusação feita por Jéssica, de que era mantida em cárcere privado dentro de um condomínio na Região Oceânica de Niterói, a mãe do acusado é enfática: “Um condomínio com piscina, tinha liberdade para fazer o que quisesse e com despesas que eu ajudava a pagar”.

A mãe de Victor garante não saber o paradeiro do filho, que estaria com mandado de prisão expedido pela Justiça. Mas faz um apelo: "Não estou querendo justificar, mas é preciso saber tudo o que está acontecendo".

O caso

A denúncia envolvendo a agressão do menor aconteceu em fevereiro, feita pelo síndico do prédio, que fica na Avenida Sete de Setembro, em Icaraí, zona sul da cidade. Câmeras do condomínio residencial flagraram o momento em que o padrasto agride a criança por duas vezes, uma no hall de entrada e outra no elevador. Desde então a Delegacia de Icaraí (77ª DP) informou que investiga o caso.

A mãe da criança alegou que não sabia do ocorrido e, através de sua advogada, se disse chocada com o que viu.

“Quando tomei conhecimento, tentei sair de casa com meu filho e meu bebê. Só que ele não deixou”, afirmou.

Ainda segundo Jéssica, a vítima de 4 anos já está morando com o avô em outra cidade. Ela acusa o então companheiro de cárcere privado, agressão e que inclusive teria engravidado dele, mas a gestação acabou não se concluindo.

“A mãe desse agressor me levou para um hospital em São Gonçalo e me vigiou lá para que eu não falasse com ninguém. Retiraram o feto. Voltei para casa e as agressões continuaram. Só consegui fugir no dia 27 de julho”, relata.

Ela afirma ter ficado em poder de Victor por cerca de quatro meses.

Sobre a acusação de levá-la ao hospital, Estela alega desconhecer qualquer informação sobre gravidez da nora, além da bebê já nascida e sob seus cuidados.

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