Outro caso
Mais um! Advogado sofre tentativa de homicídio na Zona Oeste do Rio
Caso aconteceu uma semana depois da morte de Rodrigo Marinho
Um advogado foi alvo de tiros ao chegar em casa, na Ilha de Guaratiba, Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (5). A vítima não se feriu. O caso foi registrado na 43ª DP (Guaratiba) como tentativa de homicídio.
A vítima relatou à polícia que estava a caminho do carro, acompanhado de um amigo, quando eles perceberam a presença de um homem armado próximo ao veículo.
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O suspeito, que estava a pé, efetuou cinco disparos em direção ao motorista. Por sorte, o advogado e o amigo conseguiram escapar, saindo pela porta do passageiro. O atirador fugiu sem levar nada, e não houve feridos durante a ação.
A área foi isolada por policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz). A Polícia Civil está conduzindo as investigações.
Advogado morto na última semana
O policial militar Leandro Machado da Silva, suspeito de envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, morto com pelo menos 10 tiros no último dia 26, se entregou nesta terça-feira (5) à polícia. Ele compareceu à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca.
Horas antes de o PM se entregar, agentes da DHC prenderam Cezar Daniel Mondego de Souza. Segundo investigações, ele é a terceira pessoa suspeita de envolvimento no assassinato do advogado. O outro suspeito é Eduardo Sobreira Moraes, que está foragido da Justiça desde segunda-feira (4).
Leandro Machado da Silva é lotado no 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele já tem histórico de prisão pela prática de homicídio e por integrar uma milícia em Duque de Caxias.
Cezar Daniel era funcionário nomeado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desde 2019. Ele deixou o cargo no começo deste mês e seria substituído por Eduardo. Mas a portaria sobre a mudança foi tornada sem efeito. Segundo a Alerj, Cezar segue exonerado e o cargo está vago. O motivo da exoneração não foi informado.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Cezar e Eduardo foram responsáveis pela vigilância e monitoramento do advogado nos dias que antecederam o crime e na parte da manhã e no início da tarde do dia do assassinato.
A dupla usava um carro Gol branco, parecido com o dos executores, flagrado por câmeras de segurança. O carro foi entregue para Eduardo pelo PM Leandro Machado. Os investigadores afirmam que Leandro é o responsável por coordenar toda a logística do crime.
A Polícia Civil segue na apuração para identificar os demais envolvidos e a motivação do crime.
O crime
Rodrigo Marinho Crespo foi alvejado por tiros às 17h15 do dia 26 de fevereiro. Ele tinha acabado de sair do escritório de advocacia Marinho & Lima Advogados, do qual era um dos sócios. O prédio fica a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil fluminense (OAB-RJ). Na mesma rua ficam o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Defensoria Pública do Estado.
Rodrigo Marinho Crespo tinha ampla experiência em direito civil empresarial com ênfase em contratos e em direito processual civil.
PM envolvido
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o PM Leandro Machado já estava afastado do serviço nas ruas, pois responde a um outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021.
A corporação acrescenta que a Corregedoria Geral já havia instaurado um procedimento administrativo disciplinar em relação ao policial, que pode terminar em expulsão.
Com Agência Brasil
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