Combate ao crime
Manhã de 'pente-fino' em presídios do Rio; chefes do tráfico são alvos
Operação é feita por agentes da Seap

Mais uma fase da Operação Strangulatio é realizada em presídios do Rio. Na manhã desta quarta-feira (12), agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) atuam na Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira e na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), ambas localizadas no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, unidades onde estão custodiados lideranças da facção Terceiro Comando Puro, alvos desta fase.
O objetivo é combater as ações do crime organizado, no que tange às atividades ilícitas dentro do sistema prisional fluminense, e conta com o apoio da Secretaria Nacional de Política Penais (Senappen), que faz o bloqueio móvel do sinal de telefonia nas unidades prisionais elencadas pela Subsecretaria de Inteligência da Seap.
As ações tiveram início no dia 14 de fevereiro, quando foram apreendidos 64 aparelhos celulares e 1,8 quilo de material supostamente entorpecente. Na ocasião, 20 presos foram isolados. Já no dia 19 do mesmo mês, foram apreendidos 62 celulares, 1.302 trouxinhas e 6 invólucros de materiais suspostamente entorpecentes em uma nova etapa da operação.
"O Governo do Estado, sob o comando do Governador Cláudio Castro, vem atuando para asfixiar financeiramente o crime organizado e a reação das facções nas ruas mostrou que o trabalho vem dando resultado, elas acusaram o golpe. A Seap, por sua vez, vem trabalhando para desarticular a rede de comunicação desses grupos criminosos, por meio da Operação Chamada Encerrada, e agora lança a Operação Strangulatio para puxar ainda mais a rédea curta com que vem controlando todo o sistema prisional", afirmou a secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel.
Sufoco ao 'escritório do crime'
Nos últimos anos, a Seap intensificou a fiscalização em todas as suas unidades. Para se ter uma ideia, de 2021 para 2024, o número de visitantes presos flagrados tentando ingressar com itens não permitidos aumentou 200% (de 24 para 72), com eles foram apreendidos em suas partes íntimas, identificados através dos scanners corporais, cerca de 25 quilos de drogas.
Além disso, apenas nos anos de 2023 e 2024, por meio da Operação Chamada Encerrada, a Seap apreendeu 16 mil aparelhos celulares (10 mil em 2024 e 6 mil em 2023, aproximadamente) nas portas de entrada e no interior das unidades prisionais.
"Nos presídios do Rio, preso que quiser continuar no crime não terá trégua. Esses números são resultado de um trabalho muito sério que a Seap vem realizando, que começa com o investimento em infraestrutura, passa pela transparência e inclui a capacitação de pessoal, e mostram que a Polícia Penal não vai parar de sufocar aqueles que insistem em querer fazer das prisões escritórios do crime", afirmou Nebel.


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