Marcas do horror: cenário de guerra após ataque em praça no Rio

O amanhecer desta segunda-feira (19) trouxe uma cena de terror para os moradores de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. A Praça Sete, localizada no coração do bairro, estava repleta de cápsulas de fuzil e pistola, perfurações em uma pilastra e marcas de sangue espalhadas pelo chão. Os vestígios são resultado de um ataque a tiros ocorrido na noite de domingo (18), que deixou quatro mortos e três feridos.

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Moradores e frequentadores da praça estão em estado de choque. "Foi horrível, parecia cena de terror. Eu estava em casa e escutei o som dos tiros e a gritaria. Teve correria, o povo estava desesperado tentando se proteger atrás dos trailers. Moro aqui há 30 anos e nunca vi nada igual", relatou uma moradora que, por medo, preferiu não se identificar.

Patrícia Correia, outra moradora do bairro, evidenciou o susto diante do ocorrido brutal.

"Eu pensei que fosse no morro, mas depois soube que foi aqui na praça, no meio das famílias que estavam se divertindo. Foi desesperador. Não podemos mais ter o direito de nos divertir. Tinha crianças pulando no pula-pula, e isso aconteceu de uma hora para outra. Só Deus para confortar os corações dos familiares que perderam seus entes queridos", disse.

As vítimas fatais foram identificadas como Gabriel Pereira Candido, de 24 anos; Pedro Henrique Pereira dos Santos, de 18 anos; Pedro Henrique Barbosa da Conceição, também de 18 anos; e Thailon Martins Lucas, de 17 anos. Outras três pessoas permanecem internadas, e o estado de saúde delas não foi divulgado.

Segundo informações da Polícia Militar, policiais do 6º BPM (Vila Isabel) foram acionados e reforçaram a segurança na área já na manhã seguinte ao ataque. De acordo com a corporação, criminosos armados invadiram a praça e dispararam contra as pessoas presentes. Sete foram atingidas; duas morreram ainda no local, uma terceira faleceu após ser levada ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, e as outras quatro vítimas foram socorridas no Hospital Federal do Andaraí.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), já iniciou as investigações. A perícia foi realizada durante a madrugada, e diligências estão em andamento para identificar os responsáveis e entender a motivação do crime.