Village Mall

'Mataram um pai', desabafa sobrinha de segurança morto em joalheria

Jorge Luiz Antunes foi sepultado nesta segunda na Baixada

Enterro do Jorge Luís Antônio, morto no shopping do Rio em tiroteio
Enterro do Jorge Luís Antônio, morto no shopping do Rio em tiroteio |  Foto: Lucas Alvarenga
 

"Queremos respostas. A família quer que o governador Cláudio Castro e a polícia prendam os criminosos que tiraram a vida do meu tio". Esse foi o apelo feito pela intérprete de libras Cristina Patrícia Antunes, sobrinha do segurança Jorge Luiz Antunes, de 49 anos, morto no sábado (25) no tiroteio no shopping Village Mall, na Zona Oeste do Rio, durante o roubo em uma joalheira.

O pedido foi realizado assim que ela chegou na Capela A do Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, onde o corpo era velado, na manhã desta segunda-feira (27). O corpo foi sepultado no início da tarde. 

Segundo Cristina, o tio não estava trabalhando de carteira assinada, pelo fato de ter sido dispensado por conta da pandemia.

Ele só tinha um radinho e mais nada. Não tinha uma arma, não reagiu. Tiraram a vida do meu tio por crueldade. Mataram um pai de família Cristina Patrícia, sobrinha
  

Amparada por amigos e familiares, a cozinheira Ana Maria Antunes, irmã do segurança, cobrou respostas às autoridades. Abalada, só teve forças que a polícia se esforce para identificar e prender os criminosos que tiraram a vida do irmão.

Anderson Silva Medeiros, cunhado de Jorge Luiz, chegou no local vestindo uma blusa com fotos do segurança. Ele contou que chegou a trabalhar com o cunhado em um shopping anexo ao Village Mall, mas por conta da vulnerabilidade no emprego, optou em deixar de trabalhar no local.

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"Ele fazia o que era pedido, tudo que era repassado pelo monitoramento do shopping. O monitoramento visualizava um movimento suspeito, com isso, quem estava cobrindo o setor era avisado e tinha que fazer o acompanhamento e abordagem. Havia situações que eles tinham que convidar a pessoa a sair do local", contou.

Segundo o advogado trabalhista Ramon Brito, o serviço que Jorge Luiz exercia precisava de capacitação profissional e registro na Polícia Federal.

"Está totalmente errado, pois para atuar na área de vigilância tem que ter o curso de formação e especialização do shopping. Como ele estava trabalhando como segurança pessoal e privada ele não poderia jamais trabalhar desta forma. Não existe autônomo na área de segurança privada", disse o jurista, completando.

"Só quem pode trabalhar a paisano é o policial da área de inteligência, porque policiais da área convencional tem que trabalhar fardado", contou.

Procurados, a Polícia Civil e a direção do shopping não responderam a publicação desta matéria.

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